Os sinais positivos do início de 2020 levam a companhia de Goiás a considerar essa expansão com o lançamento da coleção de alto verão.
Com 23 anos de mercado, o Grupo Sallo começou 2020 com expectativas que considera bastante promissoras. Se o cenário permanecer como está neste início de ano, a empresa acredita que possa dobrar o volume atual de produção. De acordo com Antônio Carlos Leite Pereira, diretor comercial da companhia, hoje são produzidas em torno de 21 mil peças por dia, das quais 15 mil correspondem às marcas Sallo e Sallo Jr. O grupo ainda tem a feminina Muchacha, a mais recente lançada em 2017, e a Balada, masculina e a única a ser vendida por pronta entrega.
Como o verão é a estação mais importante em vendas do grupo, o diretor avalia que possa dobrar a produção a partir do lançamento da coleção de alto verão. O ano começou em crescimento. Aumentou as vendas em 33% em janeiro sobre igual mês de 2019. “Os lojistas estavam muito conservadores. Mas, como venderam bem no Natal, estão tendo que repor estoques”, observa Pereira. A recepção da coleção de inverno das quatro marcas durante a Fenim, em Gramado, também animou os planos de expansão. “Isso nos passa segurança de que estamos no caminho certo”, diz.
Espaço e condições para esse avanço, ele garante que a empresa tem. O Grupo Sallo ocupa área total de 33 mil metros quadrados no distrito industrial da cidade de Aparecida de Goiânia, em Goiás. Internamente, faz toda a parte de desenvolvimento das coleções, incluindo o jeans. Além de corte, pilotagem, acabamento e estamparia. Produz a própria malha, importando fios e enviando para um parceiro industrial de Santa Catarina que cuida da fabricação. Também a costura é terceirizada.
EXPANDIR A LINHA DE JEANS
“Produzimos o que está vendido, com prazo de 45 dias para efetivar as entregas”, conta. As marcas Sallo, Sallo Jr (meninos de 6 a 16 anos) e Muchacha trabalham dentro do modelo de coleção. São três por ano: inverno, primavera/verão e alto verão. Apenas a Balada opera com pronta entrega, sendo comercializada em oito lojas de atacado. As outras três contam com um vasto canal de multimarcas – 6 mil pontos de venda. Boa parte deles instalada em cidades com mais de 5 mil habitantes. Desses 75% vendem para homens e mulheres. Outros 25% são especializados em moda masculina.
Do total produzido, o jeans corresponde a 30%, sendo algo em torno a 1,5 milhão de peças por ano. E a estimativa é ampliar essa participação ao longo de 2020, comenta o diretor.
Um dos diferenciais das marcas é justamente a malha, de produção própria, que não amassa. Basta lavar, secar no cabide, dobrar e guardar, garante Pereira. No masculino, concorre com marcas como Ogoshi, M.Pollo, Vakko e Acostamento. No feminino, Lez a Lez e Dzarm.
MUCHACHA CONTRATA CAMILA QUEIROZ
O público desenhado para a Muchacha são mulheres de 20 a 40 anos, explica o diretor comercial. Para alavancar a marca, o grupo investiu na campanha do inverno. O rosto da estação é a atriz e modelo Camila Queiroz fotografada em estúdio por Antonio Evaristo. A coleção que propõe Feel the New, algo como experimentar o novo, assumiu tecidos fluidos e texturas. As estampas recorrem a formas orgânicas, como pedras brutas naturais e pedras preciosas lapidadas, além de florais repaginados, geométricos modernos e animal print.
Entre os looks de destaque, a campanha escolheu top com estampa marmorizada e mangas de tule combinado a calça mom, com fechamento em botões.
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