Produção de 12 mil toneladas de fios de elastano por ano da fábrica brasileira deve crescer entre 25% e 50% até 2016 para atender a demanda de países da América Latina.
A coreana Hyosung, que iniciou a produção de fios de elastano em Santa Catarina em setembro de 2011, projeta um aumento de produção entre 25% e 50% até 2016 para dar conta da demanda do mercado brasileiro e da América Latina. Desde o ano passado, a empresa está produzindo 20% a mais do que o previsto na inauguração, com a fabricação de mil toneladas de elastano por mês, informa o gerente de vendas, Carlos Eduardo Fernandes. O fabricante fornece o fio Creora para malharias, fabricantes de denim e de fios.
Para o mercado de denim, tem a linha Highclo com alta resistência ao cloro, que em um primeiro momento foi destinado ao mercado de roupas para praia e piscina e migrou para o jeans que usa cloro em suas lavagens. Voltado para o mercado de algodão e, agora, descoberto pelo segmento de denim, o Xanadu é um fio que tem um componente de poliéster e algodão que permite que as peças tenham menos laceamento em locais onde há mais movimento, como nos joelhos, por exemplo. A linha Powerfit atende o mercado de fios super elásticos e o Elastano Black é voltado para o denim black. Outro produto é o Elastano Eco Soft que tem elasticidade tanto na trama quanto no urdume.
Marca registrada da Hyosung, o fio Creora é consumido no Brasil há mais de 20 anos. Com o início da produção local, em Araquari, no interior de Santa Catarina, Fernandes estima que a empresa passou de 30% para 55% de market share do elastano no país a partir de 2013. “A empresa veio para o país a fim de desenvolver produtos específicos a esse mercado e para tornar-se um hub de distribuição de produtos para a América Latina”, afirma Fernandes. A unidade brasileira exporta para Argentina, Colômbia, Peru e Venezuela, países que também são atendidos pela fábrica coreana. “Hoje a exportação representa 15% da produção brasileira e para atender toda a demanda da região vamos ampliar a produção entre 25% e 50% até 2016”, diz Fernandes.
Além da fábrica de elastano, poliamida e poliésters especiais em Santa Catarina, que emprega 220 funcionários, o grupo tem uma planta de mantas para pneus em Americana (SP) e dois escritórios em São Paulo que importam transformadores industriais para usinas hidrelétricas e caixas eletrônicos. Mundialmente o grupo faturou no ano passado US$ 13 bilhões.