Ano foi marcado pelo cenário de estoques mundiais de pluma elevados, retração do consumo, produção menor e preços em queda.
Com o cenário mundial considerado adverso e os preços de commodities, como soja e milho, em alta, muitos cotonicultores brasileiros optaram em 2013 por investir em culturas mais rentáveis. Com isso, a área colhida caiu quase 32%, reduzindo de 1.381.919 hectares, em 2012, para 943.742 hectares no ano seguinte, de acordo com a pesquisa Produção Agrícola Municipal de 2013, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) em meados de dezembro. Em 2013, o valor negociado com algodão alcançou no Brasil R$ 6,923 bilhões.
A produção nacional encolheu quase na mesma proporção 31,2%, ficando em 3,417 milhões de toneladas O relatório da pesquisa avalia que a produção brasileira de algodão sofreu com a repetição das condições de 2012 no mercado internacional, com estoques mundiais de pluma elevados, retração do consumo do algodão, preços depreciados. E no plano interno, foi afetada pelos preços de commodities, como soja e milho, que se mostraram mais valorizadas, fazendo com que muitos produtores preferissem investir nessas culturas no lugar do algodão.
A região centro-oeste continuou a ser a maior plantadora de algodão do país, com o Mato Grosso respondendo por 54,6% da produção e a Bahia em seguida, com 27,1%. Segundo o IBGE, a redução de área plantada no estado não foi maior porque muitos produtores tiveram que honrar contratos assinados em anos anteriores. Entre os municípios, São Desidério, na Bahia, é o que sustenta a maior produção, colhendo 1,728 milhão de toneladas, em 2013.