Primeira coleção chega ao mercado em agosto para compor o mix do verão 2015, que a marca apresenta no próximo mês.
Depois de quase quatro anos fora do mercado masculino, a Loony relança sua linha para homens em agosto para compor o mix do verão 2015 que apresenta na segunda quinzena de julho, depois da Copa do Mundo. A marca decidiu antecipar o lançamento da linha feminina por causa das eleições em outubro. “Assim, podemos iniciar as vendas o mais rápido possível e dar tempo de trabalhar bem a coleção até lá”, afirma Nelson Tranquez, gerente comercial da Loony.
Ele explica que o mês de eleição é bem complicado para as vendas, ainda mais se tiver segundo turno. “Além disso, viemos de um primeiro semestre que oscilou muito por diversos motivos. Alguns lojistas ficaram com estoque e retardaram a reposição”, conta. Entre os fatores dessa flutuação aparecem a insegurança sobre o impacto da Copa do Mundo sobre os negócios da moda, o frio que demorou a aparecer e a intranquilidade em torno dos indicadores econômicos do país.
A Loony feminina que chega ao mercado daqui a um mês conta com um mix de 300 itens. “É uma linha grande, forte e consolidada”, resume Tranquez. A Loony Man será bem menor inicialmente, com 60 itens, entre calças (de modelagem tradicional e fit), bermudas, camisetas e pólos. “É um casual muito bonito, que não se vê com frequência”, observa ele. São modelos em denim e sarja, combinando peças mais trabalhadas e outras básicas. Vai ter tamanho plus size, com alguns modelos tradicionais chegando ao 56, e outros até o 52, normalmente, avisa o gerente.
Nesta primeira coleção, a expectativa é a Loony Man sustentar entre 5% e 10% da produção atual da empresa, em torno de 25 mil peças por mês. Esse volume já foi maior e diminuiu porque as novas safras de modelos da marca são mais trabalhosas de serem produzidas, requerendo mais processos e tempo de preparação. A participação dos básicos é considerada pequena.
O start comercial da Loony Man ficará concentrado na carteira atual – em torno de mil multimarcas, selecionando as lojas que também trabalham com masculino. O número de representantes deverá dobrar, para dez profissionais, mais em função do plano da empresa de expandir participação para mercados de fora do estado de São Paulo, do que por causa da nova linha, explica Tranquez.
O canal de distribuição da empresa inclui duas lojas híbridas, que vendem ao varejo mas que dispõem de área especial para atender o atacado no Brás e no Bom Retiro, e uma loja de varejo em Moema, aberta há questão de um ano. Mas, diferentemente de outras marcas, a Loony não espera pedido dos representantes para depois produzir. A empresa produz na frente. Quando coloca a coleção na rua já tem estoque, podendo atender mais rapidamente os lojistas que não podem se deslocar até as lojas de pronta entrega.
Conta com a flexibilidade de deter praticamente todas as etapas de produção. Desenvolvimento, modelagem, colocação de aviamentos, acabamento, embalagem e despacho de mercadorias continuam a ser feitos na fábrica da capital paulista. Antes terceirizada, a costura é realizada na fábrica que a empresa comprou há dois anos em Virgínia, no sul de Minas Gerais. Apenas a lavanderia continua terceirizada. “O maquinário da confecção é novo, temos pessoal treinado, em torno de cem funcionários”, destaca o executivo.
Além de fortalecer a nascente linha masculina, os próximos passos da Loony incluem avaliar a viabilidade de abrir, em 2015, mais uma loja de varejo, também na capital paulista.