Leque inclui camisas, vestidos, coletes e no jeans prepara o lançamento da linha plus size.
Com o choque da pandemia de covid-19, a marca saiu do automático e mudou o trajeto, resume a fundadora da empresa Patrícia Guimarães. Ela conta que em 2020 e 2021, a despeito das lojas fechadas, as vendas foram boas. Contribuiu para isso, o callcenter que já ampliara em 2019. Outros clientes começaram a comprar por telefone e Whatsapp e pedindo a comodidade de comprar o look completo no mesmo lugar, e não só jeans. Foi nesse período que a Patrícia Guimarães diversifica o mix de produtos da marca.
“Comecei a malharia, com peças mais descontraídas. Depois investi na linha de camisaria, deu certo. Fui para vestidos de festa, a linha Paty Festa, e deu super certo. Mais recente, fiz alfaitaria, como colete e blazer de denim e linho”, explica a empresária. O próximo passo será criar uma linha de jeans plus size, com lançamento previsto até agosto. Atualmente, a grade de calça jeans varia do 34 ao 46. A intenção para a nova linha é criar modelos do 44 ao 50.
LOJA NA BERNARDO SAYÃO
Com as lojas fechadas devido às restrições sanitárias de combate à covid, a Patrícia Guimarães transferiu os vendedores das lojas para atendimento no callcenter, sem demitir. O resultado foi bom, de modo que a empresária decidiu manter apenas uma das cinco lojas que operava no polo da região da 44. Ficou com o ponto do Mega Moda Shopping.
E há três meses inaugurou uma loja de 80 metros quadrados na avenida Bernardo Sayão, que foi por muito tempo o endereço atacadista de Goiânia. A rua viveu declínio, e agora passa por revitalização. O público dessa rua é diferente do que freqüenta a 44, mas Patrícia está satisfeita com os resultados obtidos.
Mesmo com essas mudanças, a marca conseguiu manter o nível da produção de jeans entre 25 mil e 30 mil peças por mês. Com os novos itens, a produção ganhou mais entre 12 mil e 15 mil peças por mês, calcula Patrícia.
RETOMADA NO SEGUNDO SEMESTRE
A empresária comenta que em 2022 a freada das vendas foi grande. “Assustou”, diz para completar que a partir de abril de 2023 com o Dia das Mães, a retomada de festas típicas, como a Pecuária, em Goiânia, e as festas juninas, no norte e nodeste, além das viagens nas férias escolares, aqueceram as vendas. Espera a recuperação mais intensa no segundo semestre. Ela percebe o fluxo maior de compradores nas lojas físicas.
Em outra mudança implementada no período, a marca deixou de fazer coleções grandes e optou por fragmentar os lançamentos em coleções menores e cápsulas para garantir a oferta frequente de novidades desejadas pelos clientes, explica Patrícia. De acordo com ela, os clientes de atacado estão comprando menos mas querem mix variado. “Quem fabrica está ficando doido porque a coisa está muito acelerada”, brinca.
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