A marca de jeans feminino de São Paulo investiu em vendas online, vai aumentar a frequência de lançamentos e diversificar o mix.
Em menos de dois anos, o canal de vendas online da Sisal responde por 30% da receita da marca de jeans feminino. A expectativa é encerrar o ano sustentando metade do faturamento, diz Andrey Goffert, diretor de operações da empresa, sem revelar valores. Para realizar a projeção, a marca vem tomando algumas medidas. A partir de fevereiro deixa de trabalhar com coleções, lançadas a cada quatro meses. Vai passar a lançar cápsulas todo mês, com 30 modelos.
Junto com essa medida o mix de produtos foi diversificado. Nessa primeira coleção, calças ganharam modelagens como mom e slouch e mais variedade em efeitos de lavanderia. Também inclui mais tops, além de saias, vestidos e um modelo de macacão do tipo workwear. A operação de retaguarda também será adequada à nova realidade, explica o diretor. A sede da empresa entrará em obras a partir da semana que vem, de modo a operar com duas estruturas de estoque, uma para o canal de atacado e outra para o varejo.
“É uma logística diferente. As caixas de atacado são grandes e a conferência é mais simples. No varejo são volumes menores, com mais encomendas e mais conferência”, descreve Goffert. Ele conta que os ajustes incluem adoção de novos modelos de prateleiras que otimizam a localização dos pedidos.
AUMENTO DE PRODUÇÃO
A produção da Sisal é própria e gira, atualmente, em torno de 10 mil peças por mês, com lavanderia terceirizada. Mas a fábrica tem capacidade para fazer 15 mil peças por mês, observa Goffert. Ele avalia que com as coleções mensais e o mix diversificado, gradativamente a produção vai ocupar a capacidade instalada até o final do ano.
A empresa começou com vendas online para o varejo em meados de 2018. Mas foi em 2019 que o comércio eletrônico ganhou participação. A Sisal mantém loja virtual própria e comercialização em três marketplaces de moda – Privalia, Dafiti e Mercado Livre. “Porque as pessoas são fiéis a sites de compra”, argumenta o diretor. Para o varejo, a marca mantém ainda duas lojas físicas, ambas no interior de São Paulo. Uma em Atibaia e outra na cidade vizinha de Bragança Paulista.
O canal de atacado continua a sustentar a maior parte da receita da marca, movimentado por 18 representantes comerciais que atendem 1,1 mil multimarcas.
MUDANÇAS AO LONGO DO TEMPO
A empresa dona da Sisal está no mercado desde 1993. Começou com malha e depois atuou no segmento de surfwear até que há 18 anos lançou a Sisal Jeans. Tentou uma linha masculina em 2018, mas o desempenho não correspondeu ao esperado e a empresa voltou a concentrar esforços exclusivamente no público feminino, observa o diretor.
A marca trabalha com denim e sarja. A grade é extensa. Segundo Goffert, todos os modelos bottom vestem do 36 ao 52. Para os tops trabalha com P, M, G, GG e Extra G.