O plano de investimentos da lavanderia de Cianorte (PR) incluiu o desenvolvimento de processo que usa resíduos de beneficiamentos para fabricar blocos a serem usados na construção civil
A lavanderia paranaense Vay Vay vem investindo nos últimos 12 meses na compra de maquinário e para aumento de capacidade de produção. No período, a empresa aplicou cerca de R$ 600 mil para instalação de duas máquinas de ozônio, quatro lavadoras e três secadoras. Com isso, a produção da lavanderia aumentou em 30%, atingindo 200 mil peças por mês e ainda tendo capacidade para processar outras 50 mil peças mensais. Para 2010, a empresa planeja a automação das máquinas, projeto que deve consumir cerca de R$ 200 mil para compra do software, e ampliar em 500 metros quadrados o espaço físico atual, totalizando 2,5 mil metros quadrados de área construída.
Fazendo o reúso de 80% da água utilizada nos beneficiamentos, a lavanderia agora dá agora outro destino aos resíduos acumulados nos trabalhos. Depois de contratar um engenheiro, a empresa fez um estudo de cerca de um ano, pelo qual desenvolveu um meio de transformar os resíduos em blocos para serem usados na construção civil.
O projeto prosperou e há cerca de seis meses, o grupo Vay Vay abriu uma nova empresa, batizada de Blocolev, dedicada a fabricar e comercializar os blocos. “Patenteamos o bloco feito com resíduos e vendemos os produtos para empresas da região envolvidas com construção. O produto está dentro das normas da ABNT e é mais útil que tijolos comuns ao evitar que os resíduos da lavanderia sejam transportados para aterros sanitários”, explica Gomes.
Campo de futebol
O plano de investimentos da lavanderia de Cianorte no último ano incluiu o ambiente de trabalho com a reforma do refeitório, da área de lazer e do programa de incentivo aos funcionários. “Agora, tem campo de futebol, mesas de sinuca, pebolim e até churrasqueira na empresa. Trimestralmente, selecionamos o funcionário que tenha se destacado no trabalho e damos prêmios, como forma de incentivo”, conta Emerson Gomes Ferreira, gerente administrativo da Vay Vay. De acordo com ele, as reformas consumiram outros R$ 50 mil.
foto: montagem GBLjeans
