Com a nova marca, empresa mineira de moda jovem vai explorar outro canal com loja em shopping center.
Com quase 30 anos de mercado, a Verde Veneno tem trajetória marcada por grandes mudanças. Criada em 1986 para fazer modinha, alterou o perfil em 2006 quando decidiu se dedicar exclusivamente ao jeans, produzindo desde então a parte de baixo em denim, com calças, saias, shorts, bermudas, em modelos para homens e mulheres. A partir do verão 2014, promove outra importante mudança. Lança a marca John & Mary com a qual pretende disputar uma outra fatia de mercado.
A primeira coleção já chega com mix diferente da marca pioneira. Além de jeans, terá camisas, camisetas e acessórios, como bonés e cintos. Também estréia mais um canal de vendas, inaugurando sua primeira loja de varejo, que será aberta junto com o Shopping Contagem previsto para novembro na cidade mineira vizinha à Belo Horizonte. Segundo Raphael Soares, diretor da empresa, a intenção é abrir uma loja própria por ano até 2018 e, então, investir na expansão pelo modelo de franquia.
Apesar de operar sob a bandeira John & Mary, a loja de Contagem instalada em 43 metros quadrados vai vender as duas marcas da empresa, complementadas por itens da Levi’s e da Lança Perfume, conta Soares. Segundo o empresário, a marca nova vai disputar jovens adultos, entre os 25 e 40 anos, como a Verde Veneno. A diferença é de estilo e preço. Enquanto uma calça jeans feminina da Verde Veneno é encontrada no varejo por preço entre R$ 139,00 a R$ 199,00, na John & Mary será vendida entre R$ 199,00 e R$ 399,00.
Além do canal de varejo, a John & Mary deverá também ser vendida em multimarcas. “Como se trata de marca exclusiva teríamos consultores de venda e showroom nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro”, diz Soares sobre a estratégia comercial da nova marca, que vai trabalhar com quatro coleções por ano. O lançamento de verão inclui jeans bem colorido em tons de laranja, verde, amarelo, azul. “São cores bem fortes para calças e para shorts, peças em que estamos apostando muito”, acrescenta ele.
O modelo comercial difere do adotado pela Verde Veneno comercializada por 13 representantes, com vendas mais concentradas em multimarcas do sudeste e do nordeste. Ao todo, são entre mil e 1,5 mil revendas da marca. Embora não atue como pronta entrega, a Verde Veneno não adota o conceito de coleção. A cada dois meses os representantes recebem mostruários com 50 a 60 modelos, conta Soares. Nessa renovação, tira os que não venderam bem e estende a sobrevida daqueles que foram sucesso de venda.
A produção é toda terceirizada para fornecedores que não ficam muito distantes da sede da empresa, instalada em Belo Horizonte, por questão de logística e custo, explica Soares. A lavanderia, por exemplo, fica em Divinópolis. Atualmente, o volume de produção destina, em média, 10 mil peças por mês (9 mil em modelos femininos e mil masculinos ) para a Verde Veneno e, a partir de agora, 2 mil peças por mês para a John & Mary. Em meados do próximo ano, a meta é ampliar o volume total para algo entre 13 mil e 14 mil peças por mês.
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