Desde 2006, a participação dos fabricantes nacionais caiu pela metade, em decorrência da política da empresa de ganhar escala para baixar custos
Nos últimos cinco anos, a marca Wrangler, destinada ao público country e pertencente ao grupo VF, passou por mudanças importantes na sua carteira de fornecedores locais. Até 2006, os artigos comercializados pela marca no Brasil eram todos produzidos no país. Atualmente, esse percentual foi reduzido à metade, com os outros 50% sendo importados da China, do Vietnã, do Peru e dos Estados Unidos, informa a empresa.
De acordo com Ronald Grunwald, gerente nacional de vendas da Wrangler, é possível que chegue um momento em que todas as peças da marca vendidas no país sejam importadas. Ele explica que esse movimento está ocorrendo “por uma tendência em ganhar escala de produção para baixar o preço e aumento de qualidade”.
O executivo não revela quanto a marca vende atualmente no país, informando apenas que em 2010 o faturamento cresceu 20% e o número de lojas aumentou 15%. A coleção de verão será lançada em julho e terá como foco a manutenção da calça Cowboy Cut e o aumento de camisas importadas dos Estados Unidos.
A Wrangler trabalha com três linhas: a Wrangler Original, tendo como peça principal a Cowboy Cut; a 20x, que é a linha premium da marca; e a Twenty Extreme, com cara mais jovem. Operando por meio de 640 lojas multimarcas, a empresa informou não ter intenção de abrir loja própria ou trabalhar com franquias, e que neste ano espera alcançar mais 100 pontos de venda, focando em regiões onde a marca tem pouca presença, como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. As vendas são feitas por oito representantes.
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