O Brasil é o maior produtor licenciado do organismo que trabalha para garantir cultivos sustentáveis da fibra
O relatório mais recente da BCI (Better Cotton Initiative) informa que na safra de 2016/2017 os produtores de algodão cultivado com as melhores práticas de agricultura responderam por 14% da produção mundial. Foram 3,62 milhões de toneladas colhidas no período por 1,3 milhão de produtores licenciados pela entidade, 30% a mais que na temporada anterior e por menos fazendeiros. A meta da BCI é até 2020 treinar 5 milhões de agricultores em todo o mundo em práticas agrícolas mais sustentáveis de modo a garantir 30% da produção mundial de algodão.
O Brasil é o maior produtor de algodão BCI do mundo respondendo por 1,05 milhão de toneladas, algo em torno a 33% do total da safra 2016/2017, com 195 plantadores. Outros 20 países participam da iniciativa: Austrália, Burkina Faso, Camarões, China, Costa do Marfim, Estados Unidos, Gana, Índia, Israel, Cazaquistão, Madagascar, Moçambique, Paquistão, África do Sul, Tajiquistão Tanzânia, Turquia, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.
Além dos produtores, são associados da BCI fiações e tecelagens, marcas e varejistas. Ao todo, em 2017 a entidade registrou 1.197 membros, 211 a mais do que tinha em 2016. São 83 empresas, entre marcas e varejistas; 1.039 fornecedores e fabricantes; além de associações dos produtores de diferentes países; representantes da sociedade civil; e parceiros de financiamento.
Na safra anterior, de 2015/2016, a BCI licenciou 1.528.537 produtores que colheram 2.504.613 milhões de toneladas de algodão. O relatório foi divulgado na semana passada durante a BCI Global Cotton Conference, realizada em Bruxelas.