O Projeto Pólo Veredas utiliza de cascas de cebola e frutas, como manga, para dar coloração aos produtos produzidos, como colchas e tapetes
Com a junção de três grupos de artesãs e o desenvolvimento de um método de tingimento natural surgiu, em 2003, o Projeto Pólo Veredas. Usando materiais como casca de cebola, sucata de ferro e frutas do cerrado como fonte de coloração, os grupos usa o método para tingir os produtos que fabricam. Divididos em diferentes municípios de Minas Gerais, os grupos têm funções distintas, que passam pela fiação, tecelagem e tingimento do tecido, que é transformado em colchas, xales e tapetes.
Apoiado pela ONG Central ArteSol, que tem como objetivo gerar trabalho e renda para áreas de baixa qualidade de vida por meio do artesanato, o projeto conta com cinco grupos de artesãs desde o ano passado e tem o apoio do Sebrae Minas Gerais desde 2005. Os grupos foram formados nos municípios de Riachinho, Sagarana, Natalândia, Bonfinópolis e Uruana de Minas, onde é feito o tingimento dos tecidos.
“Os grupos de artesãos fazem todo o processo de produção e, hoje, esses grupos começam a se envolver até mesmo no processo do plantio do algodão na região, usado nas produções”, conta Sabrina Campos, técnica do Sebrae Minas Gerais. Toda a matéria-prima utilizada nos produtos é da região de Minas Gerais e, normalmente, doada para os grupos.
Pelo método de tingimento desenvolvido, podem ser alcançadas 18 tonalidades, como os tons esverdeados obtido a partir da casca de manga. Segundo informações do Sebrae, em 2007, o grupo atingia produção de até 80 mantas e 40 tapetes por mês. De acordo com Sabrina, hoje, o número deve ser mais alto, já que depois dessa última verificação entraram os dois grupos que totalizaram os cinco atuais.
Foto: divulgação (fonte Sebrae)