Corantes extraídos de folhas e cascas

A nova linha Earthcolors da Archroma usa sobras agrícolas para criar tons fechados a serem aplicados sobre bases de algodão e viscose.

Fabricante de produtos químicos para a indústria têxtil e de lavanderias, a Archroma anunciou o lançamento da Earthcolors, uma linha de corantes sintetizados a partir de sobras agrícolas não comestíveis, como folhas de palmeiras e cascas de nozes. Foram quarto anos de desenvolvimento para chegar a tons derivados de cascas de amêndoa, folhas da palmeira Saw Palmetto, folhas de alecrim e outras plantas e frutos.

Segundo a empresa, são corantes sulfurosos biossintéticos destinados ao tingimento de tecidos à base de algodão e viscose, tanto para a indústria do jeans, quanto para o segmento casualwear. A cartela de cores dessa nova classe de corantes é densa, passeando por tonalidades fechadas de avermelhados, marrom, ocre e verde. A Archroma informa que a nova linha está sendo produzida perto de Barcelona, na Espanha, “com todas as matérias-primas provenientes de dentro de um raio de 500 quilometros”.

Incorporada à nova linha, o fabricante decidiu usar a tecnologia de rastreabilidade NFC (near-field communication), uma parente mais recente da RFID, que permitirá seguir o curso do produto do campo ao ponto de venda. Para isso, a Archroma vai fornecer tags com chips que podem ser pendurados nas roupas confeccionadas com tecido tinto com corantes Earthcolors. “O chip pode guardar dados como a tecelagem, onde a peça foi lavada, a fonte de biomassa entre outros dados”, diz a empresa. A tag só pode ser lida por smartphone com chip NFC embutido.

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