Nova acreditação da Oeko Tex é abrangente por averiguar toda a cadeia de produção e não apenas produtos, e por esse investimento a tecelagem brasileira será case em sustentabilidade da certificadora.
No início de maio, a Covolan recebeu o certificado STep (Sustainable Textile Production), sendo o primeiro fabricante têxtil a se adequar à nova acreditação da Oeko-Tex, organismo internacional que reúne 14 centros de pesquisa da Europa e do Japão, responsáveis pelos ensaios e verificação dos meios de produção da empresas. Segundo Frits Herbold, consultor convidado pela empresa para palestra sobre segurança química, exigências legais e de mercado em torno de sustentabilidade, o novo certificado é bem abrangente, por averiguar toda a cadeia de produção e não apenas produtos. Em setembro, a Covolan será o case de sustentabilidade da Oeko-Tex, escolhida por um júri interno da acreditadora.
“Dependendo do tamanho da empresa, a certificação STeP regulariza 100 a 500 documentações, controles, processos e procedimentos nas áreas de segurança química; gerenciamento do impacto da atividade sobre o meio ambiente; segurança do trabalho; responsabilidade social; e gestão de qualidade”, explica Herbold. Devido a todas as certificações já obtidas pela Covolan (ISO 9000, ISO 14001, Oeko-Tex Standard 100), a adequação à nova norma foi relativamente rápida, observa James Nadin, da Sirius Consulting, responsável pelo processo. Os trabalhos começaram em outubro passado, informa o consultor.
Empresas que tenham os dois certificados – Standard 100 e STep –podem usar o selo Made in Green, também emitido por Oeko-Tex, acrescenta Herbold. Lançada no ano passado, a nova acreditação pode ser requerida por empresas que formam toda a cadeia de produção: fibras e fios; tecelagens; malharias; acabamentos, como estamparias e lavanderias; aviamentos; confecções; e até empresas do varejo.