Para coleção de verão, marca de jeans sustentável usou plantas como romã e alfafa para dar cor a peças em sarja e liocel.
Para a coleção 2, cujo tema é resgate, a Eze Denim reabilitou os tingimentos naturais. A temporada que está na loja física da marca de jeans sustentável inclui jaquetas, blusas e shorts coloridos com plantas como romã, alfafa, raiz de rúbia e catuaba. As bases variam da sarja PT ao liocel cru, passando por malha, linho e cânhamo. Os corantes foram desenvolvidos pela própria empresa, explica Cláudia Schiessl, fundadora da marca.
Da alfafa, obtém o verde; da romã, variações da escala de amarelo; e da raiz rúbia derivam os avermelhados, por exemplo. Os fixadores também são naturais obtidos de minerais como alumínio, acetato de cobre e tanino. “Dependendo da mistura dos mordentes, consigo três tonalidades a partir da romã”, diz Cláudia.
Para peças como a jaqueta feita em sarja, ou outras em liocel, o tingimento é realizado em máquina industrial para ter escala e qualidade uniforme. Com economia de água e reduzindo o descarte de produtos agressivos na natureza, ressalta a empresária. À primeira vista, o visual não é muito diferente de um tingimento convencional à base de corantes sintéticos. Porém, a escala de cores não é tão variada.
AVANÇO NAS ESTAMPAS
Atualmente, calças de denim da Eze trazem etiquetas internas obrigatórias estampadas com pigmentos naturais, assim como os forros de bolso. Mas a marca deu um passo adiante. Em colaboração com outra marca de moda feminina desenvolve estamparia feita com tingimento natural em projeto a ser lançado comercialmente em breve. Nesse caso, em vez de corantes são empregados pigmentos naturais fornecidos por um fabricante especializado na extração de cores a partir de fontes de origem vegetal ou mineral.
CONSUMO CONSCIENTE
Para disseminar a moda justa e sustentável, a Eze Denim promove uma ação pontual de 14 de dezembro a 29 de fevereiro. Vai ocupar o segundo piso da loja da Redley em Ipanema para realizar cursos e talks com consumidores. Segundo Cláudia, estão previstos cursos de tingimento natural, macramê e bordados. E as conversas vão gravitar sobre consumo consciente e como ter uma “vida lixo zero”.