A nova edição do índice da Fashion Revolution mostra que a pontuação da varejista melhorou desde o primeiro estudo em 2017.
Pela primeira vez desde que foi criado em 2016, o índice de transparência da moda (Fashion Transparency Index) encontrou empresa com pontuação acima de 70% de um total de 250 pontos possíveis para ser considerada transparente. Com 73% do score, a H&M lidera a lista como da edição de 2020 do índice de transparência na moda. A varejista acumulou 182 pontos. Em segundo lugar, aparece outra varejista. É a C&A que obteve 174,5 pontos, que corresponde a 69,80% dos pontos, arredondado para 70% pelo estudo.
As duas desbancam a Adidas e a Reebok que desde a edição de 2017 ocupam a liderança da lista. Ainda que tenham avançado de um ano para o outro, as duas marcas de artigos esportivos foram ultrapassadas. As duas atendiam a 49% dos pontos em 2017 e alcançaram 69% em 2020.
Apesar dos avanços, o novo relatório que acompanha o ranking da transparência na moda mostra que a média geral entre as 250 marcas e varejistas analisadas é de 23%. São dois pontos percentuais acima de 2019, quando a análise envolveu 200 marcas. Para os analistas da Fashion Revolution, essa baixa média indica que a moda “ainda tem um longo caminho a percorrer em direção à transparência”.
A maioria desse ranking, 135 marcas e varejistas, pontua menos de 20%, indica o relatório. Dessas, 70 delas pontuam 10% ou menos. “Das novas marcas adicionadas ao índice em 2020, 15 pontuam abaixo de 5% ou não pontuam, incluindo Canada Goose, Fashion Nova, Pepe Jeans e DKNY”, ressalta o relatório.
Entre as marcas de luxo, a Gucci é a melhor posicionada, com 48% dos pontos em 2020, ante 40% em 2019.
SOBRE O FASHION TRANSPARENCY INDEX
A Fashion Revolution explica que o índice dever ser entendido como uma ferramenta para incentivar as empresas a serem mais transparentes. Para fazer pressão a fim de que divulguem mais informações sobre suas políticas, práticas e cadeia de suprimentos. “Transparência não é sobre qual marca faz o melhor, mas sobre quem divulga mais informações. Transparência não é igual à sustentabilidade”, destaca o relatório que acompanha o novo índice.
Porque mesmo que as empresas divulguem políticas, práticas e compromissos isso não significa que estejam agindo de maneira sustentável ou ética, observa o estudo. E que a transparência envolve “desde quem costurou a roupa até quem tingiu o tecido e quem cultivou o algodão – e sob quais condições”.
Veja a seguir a lista com as dez melhores pontuações, ocupadas por 16 brands. Dessas dez são do mercado de artigos esportivos; três varejistas; e três marcas de roupas.