Quinta edição mostra resultados de informações publicadas por 60 marcas e varejistas.
Elaborado pelo Instituto Fashion Revolution Brasil, o Índice de Transparência da Moda na edição de 2022 mostra poucos avanços de marcas e varejistas que operam no Brasil, afirma o relatório que acompanha a divulgação dos resultados. Nesta quinta edição da versão brasileira do índice, foram analisadas 60 marcas, dez a mais que em 2021, cuja pontuação média geral foi de 17%, queda de um percentual em relação ao ano passado.
O Índice de Transparência da Moda classifica marcas e varejistas de acordo com a quantidade de informações disponibilizadas publicamente sobre seus impactos sociais e ambientais ao longo de toda a cadeia de fornecimento. A análise começa pelo site das empresas e adicionalmente é enviado questionário que a marca responde se quiser.
De 60, 29 responderam o questionário com questões adicionais na edição de 2022.
DESTAQUES SOBRE PONTUAÇÃO
:: A análise abarca 252 indicadores que cobrem tópicos relacionados a práticas de compra, salário justo para viver, igualdade de gênero e racial, circularidade, clima e biodiversidade, relação de fornecedores, desmatamento, entre outras questões. São 24 indicadores a mais que os avaliados na edição de 2021.
:: 250 pontos é a pontuação máxima que uma marca pode alcançar. Portanto, o ITMB (Índice de Transparência de Moda Brasil) geral de 17% corresponde a média de 42,5 pontos do total.
:: Marcas e varejistas são classificadas em 11 faixas de pontuação até os 100%. Classificação varia de 0% a 5%; 6% a 10%; 11% a 20%; 21% a 30%; 31% a 40%; 41% a 50%; 51% a 60%; 61% a 70%; 71% a 80%; 81% a 90%; 91% a 100%.
::22 marcas zeraram a pontuação: Besni, Brooksfield, Caedu, Carmen Steffens, Cia. Marítima, Colcci, Di Santinni, Fórum, Havan, Klin, Kyly, Leader, Lojas Avenida, Lojas Pompéia, Marisol, Moleca, Nike, Penalty, Sawary, TNG e Trifil.
:: 12 marcas estão enquadradas entre 1% e 5%.
:: Com as 22 que zeraram, são 34 marcas (mais da metade da amostra) cuja pontuação não ultrapassa a primeira faixa de 0% a 5%.
:: C&A e Malwee atingiram a maior pontuação do grupo. A C&A atendeu 73% do total. Malwee que alcançou 68% de 250 pontos.
:: Nenhuma das 60 marcas alcançou as duas faixas de pontuação máxima.
:: Registram as maiores quedas em relação à pontuação de 2021: Osklen, Hope, Netshoes, Farm, Olympikus, Decathlon e Marisa.
:: Maiores saltos atribuídos a Aramis, que passou para a faixa de 41% a 50% dos pontos totais. Além de Arezzo, Zara, Hering, Ipanema e Melissa.
SOBRE METAS
:: Das 60 marcas analisadas no Índice de Transparência de Moda 2022, apenas 12 publicam metas com base científica relacionadas ao clima. Nenhuma delas publica compromisso mensurável para o desmatamento zero.
:: De 60, 22% publicam estratégia mensurável para a gestão de materiais sustentáveis.
:: 23% publicam a quantidade de fibras que usam anualmente.
:: Somente 15% divulgam metas para redução de produtos têxteis derivados do petróleo.
O Índice de Transparência da Moda 2022 tem consulta aberta e gratuita.