Lacoste faz relatório de sustentabilidade

Lacoste faz relatório de sustentabilidade pela primeira vez em 2021.

É o primeiro balanço elaborado pela grife francesa e inclui também metas para 2025.

Lacoste faz relatório de sustentabilidade pela primeira vez em 2021.

Sob o conceito de Elegância Durável, a Lacoste faz relatório de sustentabilidade. É o primeiro balanço elaborado pela grife francesa, com a maioria dos dados relativos a 2020 e outros de 2019. O documento inclui também compromissos a serem alcançados até 2025.

A Lacoste faz relatório de sustentabilidade estruturado a partir de três pilares

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comuns nesse tipo de abordagem: pessoas; comunidades; e planeta.

Trata de ações de responsabilidade corporativa, como estímulo ao voluntariado entre os funcionários. Menciona apoio a projetos sociais em diferentes partes do mundo, como o Jogo Aberto, realizado em parceria com a Gol de Letra desde 2006 em favela do Rio de Janeiro.

Mas é o pilar Planeta que envolve as mudanças mais profundas. Entre as quais incorporar os princípios da economia circular na rotina da empresa.

E vai afetar sobretudo a área de produção. Conforme o relatório de sustentabilidade, a Lacoste contava com 500 parceiros industriais em 2020. Brasil é um dos países com produção local. Na área de vestuário, conta com cerca de dez parceiros industriais.

Além do parque industrial em Troyes, na França, recentemente renovado, a marca opera outras duas plantas próprias. Uma na Argentina, e outra no Japão.

FORNECEDORES CLASSIFICADOS

Conforme a empresa, todas as fábricas dos níveis 1 a 4 são auditadas quanto à conformidade social. E todas as fábricas que utilizam processos úmidos na fabricação, como tingimento, estamparia e tratamentos de tecidos passam por avaliação ambiental.

“É nestas fábricas que se situam a maior parte dos riscos ambientais da cadeia produtiva têxtil: uso excessivo de água, uso e gestão de produtos químicos, intensidade energética, poluição dos ecossistemas locais por águas residuais, etc”, destaca o relatório.

De forma a ter controle sobre os riscos socioambientais vinculados à sua cadeia de fornecimento, a Lacoste implementou em 2020 um novo sistema de classificação de fornecedores.

Cada um dos parceiros industriais receberá pontuação de A a D, conforme critérios de resposta de qualidade, estabilidade financeira, capacidade de inovação e cumprimento de prazos.

Em seguida, eles serão avaliados por uma nova camada de classificação social e ambiental que varia de 0 a 100. Dependendo desse score, os fornecedores serão classificados de Silver, Gold e Platinum.

“Esse novo sistema de classificação se tornará a ferramenta central de tomada de decisão da estratégia de sourcing da Lacoste”, informou a empresa no relatório.

METAS PARA 2025

Essas mudanças constam do roteiro da companhia para alcançar algumas metas até 2025. Além de preparar os produtos para circularidade, a Lacoste espera ter 100% de seus fornecedores classificados como Silver, Gold e Platinum.

O roteiro envolve os parceiros industriais na medida que a empresa estabeleceu o compromisso de reduzir em 15% até 2025 o impacto ambiental dos produtos que vende.

Isso envolve diminuir o consumo de energia não-renovável; controlar a emissão de gases de efeito estufa; reduzir consumo de água; conter o processo de “eutrofização dos recursos hídricos” (poluir as fontes de água doce pelo descarte de efluentes).

Outra meta é aumentar o percentual de tecidos à base de algodão orgânico. O percentual em 2020 era de 5% sobre 12 mil toneladas de algodão consumidas por ano.

Conforme a Lacoste, 85% de suas roupas empregam tecidos de algodão. Para controlar a qualidade, a empresa exige dos fornecedores que usem algodão cultivado em campos do Peru, dos Estados Unidos, da Turquia e da Austrália.

INDICADORES

A Lacoste faz relatório de sustentabilidade em parte baseado em indicadores de 2019. Envolvem as três áreas de atuação da empresa: têxteis, calçados e acessórios; marroquinaria (couro).

Emissões de gases de efeito estufa = 720 mil toneladas de CO2 equivalente. Do total, a área de têxteis corresponde a emissões de 524 mil toneladas de CO2 equivalente.

Consumo de água = 18,2 milhões de metros cúbicos. Do total, a área de têxteis corresponde a 12,75 milhões de metros cúbicos de água.

Polo L.12.12 = modelo equivale a quase dois milhões de peças por ano.