Nova ferramenta interativa foi criada por National Geographic Society e Utrecht University.
Nessa semana, a National Geographic Society colocou no ar o mapa mundial da água, nova ferramenta interativa que monitora as zonas de escassez hídrica. O World Water Map conta com site próprio é fruto de desenvolvimento cooperado entre a National Geographic Society e uma equipe da Utrecht University, da Holanda. Busca identificar pontos críticos de disponibilidade de água, visualizar a oferta e demanda global de água doce.
“O Mapa Mundial da Água será uma ferramenta impactante para apoiar pesquisa, conservação, educação e narrativa de água doce”, declarou Alex Tait, geógrafo da National Geographic Society, em comunicado dirigido à imprensa. Para permitir a exploração desses dados, a equipe de desenvolvimento empregou a ferramenta de visualização interativa ArcGIS, da empresa de software Esri.
Pelos recursos disponíveis, é possível ter a visão global, que aponta, por exemplo, 22 hotspots que enfrentam escassez de água em nível crítico devido à lacuna entre a demanda humana por água e a disponibilidade de recursos – o Brasil não está entre eles. O informe cita Central Valley, na Califórnia; Java, na Indonésia; o delta do rio Nilo, no Egito; a e bacia do rio Indo, no Paquistão.
Da mesma forma, o mapa mundial da água permite explorar regiões e bacias específicas. Mostra dados do gap de água em determinado país, calculado entre os recursos disponíveis e a demanda, dividida entre o uso pela agricultura, pela indústria e o uso doméstico.
Conforme a National Geographic Society, o World Water Map se baseia em modelos hidrológicos feitos pela universidade de Utrecht e incorpora 40 anos de dados históricos (de 1980 a 2019). A empresa afirma que o mapa será atualizado periodicamente a fim de monitorar eventuais mudanças.
OUTRAS FERRAMENTAS
“Para entender e resolver melhor a crise global da água, é necessário quantificar e contextualizar a oferta e a demanda de água, e a inteligência de localização é fundamental para essa abordagem”, acrescentou Sean Breyer, gerente do programa Living Atlas of the World da Esri no comunicado da National Geographic Society.
Antes disso, o WRI (World Resources Institute) já mantém o Water Risk Atlas, também chamado de Aqueduct. Outra ferramenta interativa que permite entrar com o endereço e observar eventuais riscos hídricos da região.