Organização mundial de proteção aos animais já usou a tática com outras marcas de moda para pressionar pelo uso de couro vegano
A Peta anunciou que se tornou uma acionista da Levi’s. Como já fez com outras marcas de moda e alimentos, entre outros segmentos, a entidade comprou o lote mínimo de ações durante o IPO da marca de jeans americana, cuja oferta pública que começou na quinta-feira, 21 de março, termina nesta segunda-feira, 25 de março. Em comunicado ao mercado, a organização mundial de proteção aos animais, disse que a medida faz parte da campanha para “persuadir a Levi’s a usar etiquetas feitas de couro vegano nas calças jeans em vez de couro de vaca”.
Ao comprar o lote mínimo, a Peta pretende participar das reuniões anuais para apresentar seus argumentos a outros investidores e pressionar a empresa a mudar a prática. Segundo a Peta, a Levi’s afirma que prioriza a sustentabilidade, “mas o uso de couro de vaca tem, pelo menos, três vezes o impacto ambiental negativo que o uso da maioria dos couros veganos causa”. Dias antes, a organização já fizera protestos contra a prática em frente à sede da Levi’s em São Francisco, nos Estados Unidos.
Em setembro, a Peta comprou ações da Farfetch, depois que o marketplace de luxo abriu capital na Bolsa de Nova York, para forçar a empresa a parar de vender produtos feitos de pele de animais, como raposas, chinchilas e texugos. Já comprou ações da Hermés, da Gap, da Parda, para citar exemplos na área de moda.
A Levi’s iniciou a oferta pública vendida a US$ 17 por ação, em dia que a Nyse liberou a regra ‘no jeans’ e a maioria dos traders usou calças de denim. Na segunda-feira, 25 de março, o pregão da manhã situava o valor em US$ 21,6, queda em relação aos US$ 22,2 negociados na sexta-feira.