![producao-maior-de-fibras-inovadoras-e-desafio-para-a-moda-img01 Moda sustentável requer produção maior de fibras inovadoras](https://i0.wp.com/gbljeans.com.br/wp-content/uploads/2025/02/producao-maior-de-fibras-inovadoras-e-desafio-para-a-moda-img01.jpg?resize=678%2C381&ssl=1)
Guia executivo criado por Fashion For Good e Boston Consulting Group faz diagnóstico do desafio para a necessária transição.
![Moda sustentável requer produção maior de fibras inovadoras](https://i0.wp.com/gbljeans.com.br/wp-content/uploads/2025/02/producao-maior-de-fibras-inovadoras-e-desafio-para-a-moda-img01.jpg?resize=678%2C452&ssl=1)
A indústria da moda enfrenta a urgência que requer volume maior de produção de fibras inovadoras, de modo a conter a pegada ambiental do setor. Mas, para essa transição, a moda precisa superar obstáculos financeiros, técnicos e operacionais. Sob esse diagnóstico, a organização Fashion For Good elaborou em parceria com o Boston Consulting Group (BCG) um guia executivo com recomendações de como os líderes do setor podem promover a adoção de novos materiais nos segmentos em que atuam, em substituição às fibras têxteis convencionais, especialmente aquelas derivadas de combustíveis fósseis.
De acordo com o comunicado à imprensa, o documento Scaling Next-Gen Materials in Fashion: An Executive Guide fornece um plano estratégico para os líderes da indústria navegarem por esses desafios. As recomendações destacam que a implementação depende de um conjunto de ações isoladas e coletivas, em colaboração com toda a indústria. “A transição para materiais de próxima geração é um desafio e uma oportunidade para a indústria da moda”, declarou no informe Catharina Martinez-Pardo, diretora administrativa e sócia da BCG.
Entre as fibras de próxima geração, o guia menciona o algodão cultivado em laboratório ou mediante a prática de agricultura regenerativa, o poliéster de origem reciclada a partir de garrafas PET, o liocel, o náilon regenerado e os materiais biossintéticos, entre outras iniciativas. Algumas dessas fibras já estão em comercialização, outras estão em estágio inicial de desenvolvimento. Mas todas exigem mais avanços tecnológicos, aumento de escala industrial e otimização de custos de forma a permitir a adoção generalizada.
DEMANDA MAIOR QUE A OFERTA
O relatório estima que em 2030 a demanda projetada para as fibras de última geração deverá ultrapassar a oferta. Prevê a produção de 13 milhões de toneladas de fibras de inovadoras, que representaria cerca de 8% do total do mercado de fibras, participação muito maior que o atual 1%. Mas ainda seria um volume considerado insuficiente para sustentar a transição da indústria da moda até alcançar a paridade de custo entre fibras têxteis de última geração e os materiais convencionais.
O trabalho requer acelerar o desenvolvimento, reduzir riscos de investimentos e incentivar a colaboração por toda a indústria da moda, defende o guia executivo. Cita exemplos que se encaixariam nesse perfil como o Circ’s Fiber Club, projeto coletivo que reúne marcas de moda, tecelagens e fabricantes de fibras para agilizar a transição para materiais produzidos dentro do conceito de circularidade. Participam marcas como Bestseller, Eileen Fisher, Everlane e Zalando, e fabricantes como Arvind, Birla Cellulose e Foshan Chicley.
No aspecto financeiro, o guia cita ainda a iniciativa da Canopy que desenhou um modelo de financiamento cooperativo para facilitar o uso de novos materiais na indústria da moda.
Para mais detalhes, acesse por aqui o Scaling Next-Gen Materials in Fashion: An Executive Guide, documento de consulta aberta.