Medida faz parte do portfólio de investimentos da companhia, o maior em dez anos.
Ao longo de 2021, a Santista investiu em modernização da tecelagem. Entre as medidas desse desembolso está a decisão pela qual a Santista deixa de usar anilina no tingimento do denim. A substituição de processos e corantes foi concluída em dezembro, informa a companhia que anunciou a novidade no Dia Mundial da Água, 22 de março.
Deixar de usar corante índigo à base de anilina está em linha com ações de sustentabilidade da empresa na proteção de recursos hídricos. “Nossos denims são totalmente isentos dos compostos químicos perigosos, com o novo tingimento Zero Anilina. Desta forma, eliminamos seu envio à estação de tratamento de água e contribuímos para a redução dos riscos aos trabalhadores e consumidores finais”, declarou Sueli Pereira, gerente de comunicação e moda da companhia, em comunicado à imprensa.
A Santista deixa de usar anilina na produção como parte do esforço para atender o ODS 6, um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a serem alcançados até 2030 definidos pela Organização das Nações Unidas. A meta do ODS 6 é garantir o acesso universal, e em condições de igualdade, a água, a estrutura de saneamento e higiene para toda a população mundial.
OUTRAS AÇÕES
A empresa aponta outras ações de sustentabilidade. Na parte ambiental, a Santista declara integrar o programa ZDHC (Zero Discharge of Hazardous Chemicals), ou Descarte Zero de Produtos Químicos Perigosos (tóxicos) no meio ambiente, como ftalatos, metais pesados e fenóis. O comunicado da empresa informa que a gestão de produtos químicos passa ainda pelo reaproveitamento de soda e banhos de tingimento, de forma a reduzir o descarte.
O relatório de sustentabilidade disponível no site da companhia enumera outras ações:
:: 78% da coleção usa a tecnologia Acquasave, que garante economia de 75% no volume de água e energia elétrica empregado, em comparação com o processo tradicional de produção.
:: padrão de controle interno estabelece a remoção de 95% de resíduos na cor do efluente líquido tratado antes de ser devolvido ao meio ambiente.
:: atualmente, 97% da geração de vapor são fornecidos por caldeira que usa biomassa como fonte de energia em substituição a combustíveis fósseis.
foto: fábrica da Santista no interior de São Paulo (divulgação).