A empresa venceu a segunda edição do prêmio da FIESP pelo projeto na fábrica de Americana
A Santista Têxtil venceu o grande prêmio Conservação e Reúso de Água, criado pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em 2006, pelo projeto implantado na unidade de Americana (SP), uma das 12 fábricas que o grupo Santista-Tavex detém no mundo – sete controladas pela empresa brasileira (cinco no Brasil, uma no Chile e outra na Argentina) e mais cinco da Tavex (três na Espanha, uma no Marrocos e outra no México).
O projeto começou em 2005, sendo implantado em três etapas que, juntas, levaram à economia anual de R$ 5,3 milhões por meio do reúso de 36,4% de água e efluentes. Em função dos bons resultados obtidos, a empresa planeja elevar a taxa de reúso para 60% ao longo de 2007. Segundo informações da Santista, em 2006, o volme total de reúso de água nas cinco fábricas brasileiras, mais a da Argentina, foi superior a 400 milhões de litros.
As primeiras medidas remontam a 1989, diz a empresa, quando a Santista adotou os conceitos de Total Qualiy Control (TCQ) para o sistema de gestão. Em Americana, as ações com vista a reduzir o uso exagerado da água incluíram a edição do livro Dê uma Ducha no Desperdício, publicado em 2001 com poesias escritas por alunos de uma escola da cidade a Pefeito Antônio Zanaga. Ou, ainda, a instalação de válvulas com fechamento automático em pontos como máquinas e banheiros.
A etapa mais sofisticada envolveu os processos industriais, com intervenções na mercerizadeira, nos cilindros resfriadores, na torre de resfriamento do alfa e na refrigeração dos compressores. Só com essa iniciativa a empresa economizou R$ 3,5 milhões, em 2006, e atingiu índice de reúso de água de 24,7% sobre o volume consumido via a outorga de captação da fábrica, que estabelece vazão média mensal de 125 metros cúbicos por hora. O reúso dos efluentes tratados atingiu 11,7% da outorga de captação. Sem essas medidas, seria necessário captar cerca de 30 milhões de litros de água a mais por mês, detalha informe da empresa.
Para melhorar os processos da estação de tratamento de efluentes (ETE) da fábrica foram adotadas variáveis diferentes das convencionais. Prevaleceram critérios como compressibilidade do lodo e pressão oxidativa. Com isso, o diagnóstico das condições operacionais é obtido em 15 minutos, tornando mais rápida a adoção de medidas corretivas, quando necessário.
foto: reprodução Santista