Trinta e três fábricas conseguiram economia de água de 36%, de uso de energia de 22% e usaram menos 400 toneladas de produtos químicos, redução que equivale a US$ 14,7 milhões, em 2014.
Há poucos anos a maioria dos rios chineses, próximos ao pólo industrial têxtil, ficavam coloridos conforme as cores da estação. Em 2009, o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais dos Estados Unidos (NRDC, em inglês) lançou na China o programa Clean by Design, com as Dez Melhores Práticas para reduzir a poluição com baixo custo, sem exigir a reorganização em grande escala da indústria têxtil.
A iniciativa começou a dar frutos no ano passado. Em abril de 2015, uma comissão da NRDC esteve em Xangai para inspecionar 33 fábricas chinesas que produzem para grandes marcas como Gap, H&M, Levis e Target, nos pólos têxteis de Shaoxing e Guangzhou. Essas empresas receberam o selo Class of 2014 a partir da adoção de medidas simples de eficiência em seus processos de produção, informa a NRDC. As fábricas reduziram o consumo de água em 36%, o uso de energia em 22% (com menos 36 kWhs de eletricidade e 61 mil toneladas de carvão), e usaram menos 400 toneladas de produtos químicos, com uma economia conjunta de custos de produção de US$ 14,7 milhões anuais.
Um dos maiores exportadores de vestuário do mundo, a China sofre frequentemente com a migração de corantes empregados pela indústria para seus efluentes. Quase um terço dos rios chineses são considerados poluídos demais para contato humano direto. A iniciativa Clean By Design tem trabalhado, desde 2009, para que haja um maior controle ambiental das indústrias, realizado por elas mesmas, sem depender da fiscalização do governo.
Entre os projetos implementados para chegar à economia de recursos naturais apontada, o relatório da NDRC cita adoção de motores de alta eficiência e de sistemas recuperação e reutilização de vapor; instalação de máquinas de tingimento mais eficientes na relação de banhos e máquinas de tingimento computadorizadas, entre outros equipamentos de controle automatizado.
