Volume em 2024 corresponde a crescimento de 15% sobre 2023, mas representa ainda parcela pequena do consumo total

Através da indústria de fiação têxtil, a moda brasileira transformou 68 mil toneladas de plástico reciclado em roupas e acessórios ao longo de 2024. O dado consta do estudo Monitoramento dos Índices de Reciclagem Mecânica de Plásticos Pós-Consumo no Brasil 2025 (Ano-Base 2024), realizado pela MaxiQuim em parceria com o PICPlast. Esse volume representa crescimento em torno de 15% sobre as 59 mil toneladas de resina reciclada pós-consumo (PCR) usadas em aplicação têxtil em 2023.
Por esse volume de consumo, a aplicação têxtil subiu de posição entre os segmentos de destino nas vendas de plásticos PCR. Em 2024, é o 6º segmento de maior demanda. Já em 2023 ocupava a 8ª posição. O líder é a indústria de alimentos e bebidas que movimentou 167 mil toneladas desse tipo de plástico.
Ao todo, o consumo de plástico PCR em 2024 alcançou 1,012 milhão de toneladas no Brasil, distribuídos em diferentes aplicações. O plástico pós-consumo mais utilizado para aplicações têxteis é o PET reciclado, convertido em fibra para a confecção de roupas, calçados e alguns tipos de acessórios.
Só em PET o consumo brasileiro da indústria correspondeu a 397 mil toneladas em 2024, conforme o estudo. A produção de resina reciclada em 2024 envolveu outros 7 tipos de plástico, além do PET.
Apesar da alta sobre 2023, fios têxteis de plástico reciclado representam uma fração pequena do total de fibras têxteis consumidas no Brasil. De acordo com dados da Abrafas (Associação Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas), o consumo brasileiro total em têxtil correspondeu a 678.417 toneladas de fibras de poliéster em 2024.
FERRAMENTA DIGITAL
Junto com a divulgação dos resultados do estudo de 2024, a MaxiQuim também divulgou que, a partir do próximo ciclo de monitoramento, será lançada a plataforma Recicla Data, com previsão de entrada em operação em 2026.
A ferramenta digital permitirá que marcas e fabricantes enviem informações sobre entrada e saída de resíduos de forma automatizada. Também tem previsão de permitir a comparação por setor ou região.