O novo tecido que usa a malva, de baixissima pegada ecológica, integrou a coleção desfilada pela Normando no SPFW N60

Durante a SPFW N60, a Vicunha Têxtil colocou na passarela um novo tecido de sua família de brim, produzido com fibra têxtil derivada da malva amazônica, planta nativa da Amazônia, cultivada por comunidades ribeirinhas do Pará. Marca fundada pelos paraenses Marco Normando e Emídio Contente, a Normando incorporou o novo artigo de malva amazônica da Vicunha em vestido de mangas longas de forma arredondada, comprimento curto e assimétrico.
Na nova coleção, a dupla baseou o desenvolvimento na mitologia da região amazônica e abriu para experimentações de biomateriais, como o brim da Vicunha à base de fibra de malva amazônica, tipo de insumo bastante comum na confecção de sacaria para guardar grãos de café, por exemplo. “Desenvolver tecidos com a fibra amazônica é mais que inovação, é uma revolução sustentável que une conservação ambiental e responsabilidade social. Participar do SPFW com marcas como Normando mostra nosso compromisso em apoiar uma moda brasileira pioneira, capaz de dialogar com a agenda global da sustentabilidade e construir uma indústria têxtil mais consciente e próspera”, declarou em comunicado à imprensa Renata Guarniero, gerente de marketing da Vicunha.
Cultivada por comunidades ribeirinhas na Amazônia, a malva cresce em harmonia com os ciclos naturais de seca e cheia, dispensando desmatamento, irrigação artificial, agrotóxicos ou fertilizantes químicos, explica o informe da Vicunha. Por esse perfil de cultivo, a fibra de malva tem baixíssima pegada ambiental, pois, não degrada o solo, não contamina águas, mantém a biodiversidade e captura CO2 de forma intensa e rápida, acrescenta o fabricante.
O brim da Vicunha combina a malva amazônica com algodão, de aparência rústica, sendo fornecido PT (pronto para tingir). A Normando usou na versão crua.
foto: divulgação (Complexo)