Com esse selo, toda a produção das plantas brasileiras da empresa podem usar algodão regenerativo.
Com a proposta de projetar um futuro net zero, a Vicunha anuncia que obtém a certificação internacional Regenagri. Com esse reconhecimento, a companhia pode produzir todo o portfólio de artigos com algodão regenerativo. A empresa tem o objetivo de aumentar em cinco vezes a quantidade de tecidos produzidos com algodão regenerativo nos próximos cinco anos, representando até 15% de sua produção total, estimada atualmente em 180 milhões de metros por ano.
Assim como a Scheffer em algodão regenerativo, que fornece o insumo, a Vicunha é o único fabricante de tecidos no Brasil a deter a certificação Regenagri, que reconhece a produção que utiliza insumos obtidos a partir de práticas agrícolas sustentáveis e regenerativas. Conforme a Vicunha, o processo pelo qual obtém a certificação foi conduzido pela Control Union Brasil.
Inicialmente lançados para o mercado europeu, a Vicunha introduz dois artigos também para o mercado brasileiro que integram a linha Regen. O Pacito é um denim com 12,2oz de peso e 100% algodão, dos quais 54% de algodão regenerativo. Já o Letizia conta com 1% de elastano na composição e 99% de algodão, dos quais 53% de algodão regenerativo.
No evento de lançamento da Vicunha, Calvin Klein e Damyller apresentaram suas primeiras coleções com algodão regenerativo, previstas para chegarem ao mercado em 2024.
NOVOS PRODUTOS
Entre denim e denim colour, a Vicunha fez o lançamento de 14 produtos, incluindo os dois artigos de denim da linha Regen. Nos leves, a empresa lançou o Rose Blue, um denim 100% algodão de 5,8oz. Em denim colour, o Valência é uma base maquinetada em espinha de peixe de 8z, com 2% de elastano e 98% de algodão.
A empresa aponta ainda o denim Arven e os artigos da linha denim colour Coimbra e Matis. O Arven é um denim elastizado de toque macio resultado do uso de um fio projetado para adicionar um nível extra de conforto, descreve a Vicunha.
Em composição de algodão, poliéster preto e elastano com super stretch, o Coimbra é um denim colour da Vicunha com superfície texturizada que obtém efeito de pequeninos favos de mel. Já o Matis é um denim colour 100% algodão, com diagonal bem pronunciada, que fica ainda mais destacada quando o tecido é tinto ou estonado em lavanderia, explica o fabricante.
FUTURO DO DENIM
Como parte da semana de lançamentos, a Vicunha organizou evento em seu showroom principal, na capital paulista, com a participação de dois palestrantes internacionais. Amy Leverton, da Denim Dudes, apresentou uma visão de tendências para a primavera 2024 complementar à concebida pela Vicunha.
Recebeu também Andrea Rosso, embaixador de sustentabilidade da Diesel e filho do fundador da marca Renzo Rosso. Ele contou que em 2019 a empresa parou de crescer e avaliou que para continuar a avançar teria que fazer diferente, investindo em sustentabilidade. “Aí apertamos o botão verde. Pode ter sido tarde mas agora tem sido rápido”, afirmou o executivo.
No momento, a marca direciona o esforço maior a tratar da integridade de sua cadeia de suprimentos no sentido de conhecer a origem e a prática dos fornecedores envolvidos. Por isso, na viagem ao Brasil incluiu parada para visitar a fazenda da Scheffer no Mato Grosso. “Estamos aqui [no Brasil] para descobrir novas oportunidades”, afirmou.
Andrea acrescentou que a Diesel ainda está muito longe de onde quer chegar. E sobre o futuro do denim ele fez uma analogia com a agricultura dizendo que são necessárias raízes fortes para garantir bons frutos. “As raízes do denim precisam ser mais fortes, de mais sustentabilidade, para termos variedade de frutos”, concluiu.