Novo canal de vendas online nasce com 40 marcas de roupas femininas, incluindo jeans, para atender diretamente o consumidor.
Diante de um mercado estimado em, pelo menos, 10 milhões de mulheres que vestem acima do 44 no Brasil, a Almaria cria shopping plus size para venda pela web. O novo canal entrou no ar em
novembro e na primeira quinzena de dezembro contabilizava 40 marcas de roupas femininas. Voltado para mulheres na faixa dos 30 anos, registrou ticket médio no primeiro mês de operação de R$300.O Almaria pretende trabalhar com marcas que tenham bons produtos, interessadas em participar de comércio eletrônico, mas que não têm braço técnico para alimentar o novo canal, explica Michel Chung, CEO da empresa. Conforme o empresário, o Almaria foi planejado para oferecer uma série de serviços associada à venda. Vão desde a produção de moda para foto até a remessa de mercadorias ao consumidor, passando pelo cadastro das peças no site.
A marca monta a cesta de serviços de acordo com o interesse ou necessidade do cliente, garante Chung.

Em função dessa composição, o comissionamento do Almaria pode variar de 30% a 50% do valor de venda, diz.
Ele investiu na plataforma comercial apoiado na experiência de 12 anos trabalhando na Pianeta, a confecção de moda plus size da família. A meta é ter cem marcas ao final de 2021 e faturamento de R$ 17 milhões no primeiro ano.
Até lá o portfólio deve expandir com marcas de calçados, acessórios, itens de beleza, além de serviço de consultoria de moda para consumidoras, conta Chung.
PÚBLICO E OFERTA PLUS SIZE
O Almaria visa marcas especializadas, com bons produtos, e que sejam fortes no canal de atacado de multimarcas. Mas, sem experiência com o varejo. Com o aumento de capilaridade, quer fazer o match com mulheres que estão procurando novas ofertas. “Nossa proposta é dar liberdade de escolha a mulheres que vestem acima do tamanho 44”, acrescenta Isabela Frossard, gerente de marketing da empresa. E as marcas continuariam dedicadas ao desenvolvimento de produtos, sem necessidade de investir em estrutura própria para o comércio eletrônico, acrescenta.
Embora reconheça o aumento de ofertas para o segmento plus size, Chung aponta que muitas marcas simplesmente “esticam a grade”, sem estudar perfil ou criar modelagens específicas para corpos de mulheres grandes.
O empresário divide o mercado feminino plus size em três personas. “A primeira sabe que é plus size e corre atrás do que quer. Quando encontra, compartilha a informação. Vira uma influencer”, descreve o CEO.
A segunda persona está no que ele chama de limbo. “Não sabe que é plus size. Não se identifica com esse termo ou se recusa a assumir”, afirma. Apesar de ser o grupo mais numeroso, essa consumidora geralmente se veste garimpando nas araras de grandes varejistas de moda.
“A terceira persona enfrentou tanta dificuldade que simplesmente não tem prazer em comprar roupas”, conclui Chung.
É para superar o gap entre a demanda e a oferta que nasce o shopping plus size Almaria na web, ressalta. De acordo com Chung jeans tem sido um dos itens mais vendidos nesse início, com quatro marcas. A intenção é atrair mais marcas de jeans plus size, completa.
Correção: O nome da gerente de marketing da empresa é Isabela e não Isabel. A versão atual da reportagem foi atualizada.