Pesquisa do Paypal com a Ipsos mostra que o consumo online atravessou fronteiras e China é o maior fornecedor para o comprador comum
Moda é os que os brasileiros mais compram pela internet. Segundo a nova edição da pesquisa do Paypal com a Ipsos sobre consumo online no país, cujos dados foram anunciados no início de setembro, 66% dos que compraram algo em 12 meses pela web em sites nacionais adquiriram roupas, calçados ou acessórios, tomados em conjunto. Depois, aparecem equipamentos eletrônicos (55%), joias e relogios (49%). A pesquisa é mundial e do Brasil foram ouvidos 1.001 consumidores com mais de 18 anos e acesso à internet, entre 10 e 21 de abril. A amostra total incluiu 34 mil pessoas, de 31 países, consultados entre 13 de março e 1º de maio de 2018.
Dos brasileiros ouvidos, 763 fizeram pelo menos uma compra online, nos 12 meses anteriores, usando computador de mesa, notebook, smartphone ou tablet. Dos que fizeram compras online no período, 363 adquiriram produtos de sites estrangeiros, sendo que 60% deles importaram roupas, calçados ou acessórios. Segundo o levantamento, dos que adquiriram produtos de fora do Brasil, 30% compraram artigos da China e a maioria esmagadora (89%) apontou preços mais baixos que no Brasil para justificaram a operação.
Mesma razão apontada por 21% que importaram mercadorias dos Estados Unidos. E só não compraram mais de fora, inclusive da Europa, de outros países asiáticos e da América Latina, porque o prazo de entrega é muito extenso, a taxa de envio (frete) é considerada cara, falta de segurança do site vendedor e taxa de câmbio desfavorável.
CRESCIMENTO PROJETADO
A Ipsos projeta que o mercado online deva crescer para atingir R$ 272 bilhões, em 2020, 17% acima do ano anterior. Pelas estimativas traçadas, o mercado estaria avaliado em R$ 197 bilhões em 2018, 19% a mais que em 2017.
Baseou as projeções nas respostas do universo pesquisado, quando 45% disseram que comprarão mais nos 12 meses seguintes à pesquisa, estimulados, acreditam, por mais conveniência na hora de comprar (63%) e aumento na oferta de plataformas de comércio online (32%); uma parcela de 46% espera ter rendimento maior no período. Outros 27% afirmaram que manterão o atual padrão de compras online e apenas 8% pretendem gastar menos.