John John, Grupo Soma e Renner estão entre as empresas com projetos em evolução.
Ainda de uso restrito a companhias maiores, a hora de explorar a inovação por inteligência artificial generativa, como o Chat GPT da OpenAi, é agora. Nos próximos três a cinco anos, portanto antes de 2030, as aplicações de IA podem render pelo menos US$150 bilhões para o mercado de marcas de vestuário, moda e artigos de luxo, aponta estudo recente da consultoria Mackinsey. Marcas de moda no Brasil experimentam aplicações de IA em diferentes áreas.
JOHN JOHN USA IA EM CAMPANHA
Para a coleção de verão que chega às lojas nesse final de setembro, a John John lança a campanha Welcome To The Jungle que foi desenvolvida usando elementos criados por IA pelo fotógrafo de moda Lufre, misturando cenários reais e virtuais para o que a marca chama de “imersão no tema selva tropical”. A tecnologia foi usada para inserir elementos da natureza nas imagens, como animais e plantas.
As estampas do verão da marca abordam os elementos associados às selvas tropicais, como flores, folhagens,animais. A paleta de cores abrange tons de verde, vermelho e bege, aplicada em peças de comprimento cropped, camisas, shorts, calças e acessórios.
SOMA USA IA COMO CONSULTORIA
Controlador de marcas como Hering, Farm e Animale, o Grupo Soma usa IA como uma consultora de moda digital. A tecnologia sugere adaptações nas peças de acordo com as tendências de vendas e os algoritmos preditivos, que são baseados no histórico de desempenho e características de produtos, explica a empresa em comunicado ao mercado.
Nos canais digitais, o grupo utiliza ferramentas de IA para aumentar o resultado de SEO, de forma a otimizar as buscas dos clientes, acrescenta o informe. Também são realizados testes de pesquisa de produtos por meio de imagens similares e ferramenta de prova virtual a partir de uma foto. Em outra frente, o grupo investe em métodos que aprimoram a recomendação de produtos de acordo com o perfil do cliente que navega pelo ecommerce das marcas.
RX VENTURES INVESTE EM STARTUP DE IA
Por meio da Volpe Capital, o RX Ventures fundo de corporate venture capital da Lojas Renner, fez um aporte de US$7,85 milhões na Connectly, startup californiana que comercializa soluções de comércio conversacional (c-commerce). A empresa atua com soluções de Software as a Service (SaaS) que disponibilizam uma assistente virtual para enviar promoções e sugestões de compra ao cliente.
Atualmente, a Connectly opera em 10 países atendendo 250 clientes. Há pouco mais de um ano no Brasil, tem em sua carteira clientes como a própria Renner e a Malwee.