Estimativa apresentada no Relatório Conversion do E-commerce Brasileiro aponta que o setor alcançará receita de R$ 6,4 bilhões figurando em sexto lugar no ranking de faturamento.
A contração econômica que alcança todos os segmentos no Brasil afetará menos o comércio eletrônico, segundo projeção do Relatório Conversion do E-commerce Brasileiro 2016, elaborado a partir de pesquisas realizadas no último ano pela empresa de marketing digital. Para chegar a essa radiografia do mercado, a empresa analisou mais de cem milhões de page views de dezenas de sites de comércio eletrônico brasileiros distintos e atualizou os resultados para este ano. O estudo aponta para crescimento de 25% nas vendas em 2016, comparado a 2015, movimentando R$ 69,76 bilhões e projetando R$ 229 bilhões até 2021.
Entre as categorias de consumo, Moda e Acessórios aparece em sexto lugar representando 9,18% do percentual da receita, volume que corresponde a R$ 6,4 bilhões. Em percentual de pedidos, no entanto, o setor figura em primeiro lugar com 16,54%, ultrapassando Cosméticos (14,7%) e Eletrodomésticos (10,11%). Em receita, os segmentos campeões são Viagens (R$ 10,5 bilhões), Eletrodomésticos (R$ 9,78 bilhões), Informática (R$ 8,3 bilhões), Cosméticos e Perfumaria e Eletrônicos (R$ 7,12 bilhões). Em Moda, a previsão é o setor registrar ticket médio de R$ 175,48 e 39,4 milhões de pedidos em 2016, segundo o relatório.
Em 2014, o faturamento do e-commerce brasileiro foi de R$ 43,07 bilhões com expansão de 29,6% ante 2013. A Conversion projeta receita de R$ 69,7 bilhões em 2016 a partir do potencial de vendas em cada segmento econômico e do faturamento previsto pelas empresas brasileiras. Neste ano, devem ser realizados 220 milhões de pedidos com ticket médio de R$ 316,2, similar a 2015. Os sites de vendas prevêem receber 22 bilhões de visitas e registrar taxa de conversão de visitas em vendas de 1,04%. O cálculo leva em conta a proporção entre acessos aos sites de e-commerce e número de pedidos realizados pelos consumidores. Por exemplo, se a taxa de conversão for de 2% significa que a cada cem visitas um site realizou duas vendas. Segundo o estudo, o tempo médio que um visitante consome visitando as páginas é de 3 minutos e 33 segundos.
No faturamento do comércio eletrônico por regiões, o sudeste vem em primeiro com 72,1% ao apurar faturamento de R$ 50,29 bilhões; a participação do sul está em 11,3% e R$ 7,88 bilhões; nordeste 9,3% com R$ 6,49 bilhões; centro-oeste 5,2% com R$ 3,63 bilhões; e o norte 2,1% com R$ 1,46 bilhão. No ranking das dez cidades que mais compram, figuram São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Campinas, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia e Fortaleza.
A participação em vendas de cada mídia do e-commerce aponta as ferramentas de busca com 34,6%, links patrocinados 23,5%, tráfego direto com 20%, referência (que chegam por outros sites) com 7,2% e o e-mail marketing fica com 6,3%. As supervalorizadas mídias sociais representam apenas 2,1%.
Nos dispositivos de acesso ao comércio eletrônico, o móvel (tablets e smartphones) com 55% superou o desktop, sendo que em 2013 representavam apenas 10%; 20% em 2014; e 42% em 2015. Como os sites adaptados a dispositivos móveis ainda não são uma realidade, apenas 26% das compras serão concretizadas nesses aparelhos.