Pesquisa do Paypal confirma alta no e-commerce brasileiro, impulsionada pelas dificuldades derivadas da pandemia de covid-19.
No primeiro semestre de 2020, o número de lojas online operando no Brasil aumentou 40%. A alta é maior que o ano de 2019 inteiro, quando os sites de vendas expandiram 37,5%. Os dados confirmam o impulso já sentido pelo mercado. O comércio foi empurrado para a digitalização pela pandemia. De modo a conter a covid-19, por quase dois meses o varejo físico ficou fechado. A pesquisa é do PayPal, realizada em parceria com a BigData desde 2015. De acordo com os resultados divulgados ontem, 26 de agosto, o país alcançou a marca de 1,34 milhão de sites de e-commerce ativos.
Corresponde a uma fração ainda pequena, que não chega a 10% (8,48%), diante dos 14 milhões de sites ativos no Brasil, destacou Thoran Rodrigues, CEO e fundador da brasileira BigData Corp. Ele avalia que o maior impulso está concentrado no segundo trimestre. Para o comércio não-essencial, a venda pela web representou a única alternativa de fonte de receita, enquanto as lojas não puderam ser reabertas.
Mesmo passada a pandemia, a avaliação é de que o cenário não retroceda. Se a necessidade levou as empresas para a web, o consumidor também mudou. Por conta da covid-19, mais gente passou a usar a internet, inclusive comprando. “O home office aumentou do que era e uma parte deve continuar. Ficando mais em casa, as pessoas tendem a consumir mais pelo digital”, afirmou Thiago Chueiri, diretor de desenvolvimento de negócios do PayPal Brasil.
Segundo ele, no mundo, a plataforma de pagamentos digitais conquistou 21 milhões de novos consumidores, só no segundo trimestre de 2020. No total, são 346 milhões de usuário.
PORTE DAS LOJAS ONLINE E REDES SOCIAIS
Conforme o mapeamento, a maioria das lojas online ativas no país (88%) é composta por sites pequenos. São assim classificados os que recebem até 10 mil visitas por mês. Os grandes (acima de 500 mil visitas) representam 8,73% do total. Os restantes 2,50% correspondem aos sites médios, que recebem de 10 mil até 500 mil visitas por mês.
Quase 70% dos sites de venda online utilizam as redes sociais como canais de interação com o consumidor. Desde a primeira edição da pesquisa Perfil do Ecommerce Brasileiro, em 2015, o Facebook é a principal mídia. E continua sendo, empregada por 54,18% dos e-commerce em 2020. Embora o Facebook desde o ano passado tenha perdido participação. O YouTube assumiu o segundo lugar em 2020 (39,87%) e o Twitter está em terceiro (30,45%). Já o Instagram vem crescendo ano a ano. Conforme o levantamento, subiu o primeiro semestre para 21,16%.
