O sistema com código de barras permite obter informações sobre origem e cultivo do insumo, de modo a facilitar a gestão das algodoeiras.
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) está investindo em sistemas de rastreabilidade com código de barras nos padrões GS1. A partir de informações sobre origem e cultivo do insumo, o sistema dá maior credibilidade aos produtores e consumidores de algodão. Segundo a associação, o recurso unifica a identificação dos fardos, facilitando a gestão das algodoeiras.
A Abrapa é constituída por nove associações estaduais e representa 99% de toda a área plantada, 99% da produção e 100% da exportação de algodão do Brasil. Com atuação entre grandes e pequenos cotonicultores, a entidade iniciou o projeto de rastreabilidade dos fardos de algodão pelo Mato Grosso em 2003 e a partir do ano seguinte foi expandindo para agricultores dos demais estados associados. O recurso permite que o comprador possa identificar visualmente a origem do fardo adquirido.
Para o projeto, a associação criou o Sistema Abrapa de Identificação (SAI) com o padrão GS1-128, um tipo de código de barras específico para a área de logística e rastreabilidade pelo qual é possível obter informações como data de validade, quantidade, número do pedido, lote e outros dados para assegurar que as informações de origem e destino sejam apresentadas de forma eficiente.
Com o SAI, a Abrapa obtém informações sobre quantidade de algodoeiras e prensas instaladas (ativas e inativas) e a capacidade de produção por estado, entre outros dados das usinas de beneficiamento, além do histórico e a rastreabilidade dos fardos. Isso permite às algodoeiras que não possuíam um controle interno obter um histórico do que foi adquirido, além da quantidade de fardos beneficiados em cada safra.