Ecommerce chinês será seller da plataforma brasileira com a linha Choice e o varejista nacional venderá bens duráveis.
Aliexpress e Magazine Luiza abriram a semana com o anúncio de que fecharam um acordo comercial. Pela transação, a partir do segundo semestre, o ecommerce chinês passa a ser seller da plataforma brasileira com os produtos de selo Choice, categoria que inclui roupas, e opera com controle total do AliExpress, desde estoque das mercadorias até a entrega ao consumidor. Em contrapartida, o varejista nacional venderá pelo ecommerce chinês o estoque próprio de bens duráveis, como fogão, geladeira, máquina de lavar roupas, televisores.
De acordo com o anúncio conjunto, os pedidos do AliExpress realizados no Magalu serão importados por meio do programa Remessa Conforme. “Temos focado cada vez mais na expansão da nossa operação local, reforçando o compromisso do AliExpress em contribuir com o desenvolvimento do e-commerce brasileiro”, afirmou Kai Li, CEO Latam da companhia chinesa, no comunicado à imprensa.
Pelo lado brasileiro, Frederico Trajano, CEO do Magalu, declarou no informe: “A inclusão de milhares de produtos do AliExpress na nossa plataforma acelera nossa estratégia de diversificação de categorias e de aumento da frequência de compra, além de impulsionar a nossa operação cross border”.
Conforme o noticiário financeiro, o movimento foi de alta no valor das ações do Magazine Luiza em seguida ao anúncio de acordo com o AliExpress.
O acordo foi assinado na China.
TRANSAÇÃO INÉDITA
Ainda conforme o comunicado, o acordo é inédito para ambas as companhias. “É a primeira vez que o Alibaba, por meio do AliExpress – uma das maiores empresas de e-commerce do mundo – faz um acordo estratégico com uma empresa fora da China. Para o Magalu, é a primeira vez que seus produtos serão listados e vendidos por meio de outra plataforma de marketplace”, destaca o informe. Além disso, os produtos do AliExpress poderão ser oferecidos pelos vendedores das lojas físicas do Magalu.
O varejista brasileiro encerrou o primeiro trimestre de 2024 com uma rede de 1.263 lojas físicas. Apesar de grande, a rede do Magalu tem diminuído como parte da estratégia da companhia de voltar a registrar lucro. Em dezembro, eram 1.286 unidades, 53 a menos do que em 2022.
No 1º trimestre de 2024, a receita líquida do Magalu assinala R$9,2 bilhões, aumento de cerca de 2% sobre o mesmo perído de 2023. E voltou ao lucro, com ganho líquido de R$27,9 milhões.
