Com lucro e receita em alta, além dos hubs, varejista retoma expansão e aposta em novo formato de loja.

A C&A Brasil iniciou o segundo semestre de 2025 ativando seu projeto de um novo modelo logístico, que envolve a abertura de hubs urbanos de distribuição. O primeiro deles a varejista de moda inaugurou há poucas semanas em Porto Alegre (RS). Faz parte de um projeto maior, que prevê mais três unidades a serem abertas até meados de 2026. Conforme disse Paulo Corrêa, CEO da C&A Brasil, a investidores, o projeto de modelo com malha regionalizada se estenderá até 2027, avaliado em R$200 milhões a R$250 milhões aplicados em três anos.
De acordo com o executivo da C&A, os hubs urbanos funcionarão como minicentros de distribuição voltados à reposição mais frequente de produtos a grupos de lojas por região. Com isso, a intenção é aumentar a eficiência logística da empresa com uma malha mais granular e regionalizada.
Diante dos sólidos resultados apresentados nos últimos trimestres, a C&A Brasil anuncia que vai retomar a expansão da rede de lojas físicas. No primeiro semestre, foram abertas três novas unidades, sendo uma no segundo trimestre, totalizando 333 lojas em operação no país. A expectativa é inaugurar mais cinco até dezembro, sendo a próxima em 22 de agosto, no Shopping Center Norte, na cidade de São Paulo, em novo formato.
Chamada de C&A Energia, essa nova unidade adotará um modelo inédito para a varejista, incorporando provadores com autoatendimento e sistema de self checkout. A empresa acredita que há espaço para abrir entre 15 e 20 lojas adicionais até 2026, preferencialmente em shoppings consolidados — estratégia que reflete em ciclos longos de negociação, entre 10 e 12 meses.
RESULTADOS
O desempenho financeiro da varejista registra mais um trimestre de resultados operacionais positivos. A receita líquida entre abril e junho alcançou R$2,05 bilhões, crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período de 2024. No semestre até junho, a receita líquida alcançou R$3,96 bilhões, que corresponde a alta de 11,7%.
No segmento de vestuário, a receita líquida chegou a R$1,79 bilhão no segundo trimestre, aumento de 17,4%. O avanço no primeiro semestre registra receita líquida de vestuário de R$3,15 bilhões, expansão de 16,6% sobre os primeiros seis meses de 2024.
De acordo com a C&A Brasil, o crescimento foi impulsionado, principalmente, por um aumento no preço médio dos produtos, e não necessariamente por volume de peças vendidas.
O lucro líquido saltou para R$200,3 milhões no segundo trimestre, influenciado pela estratégia comercial focada em vendas a preço cheio, com menos liquidações. No acumulado do semestre, o lucro líquido somou R$ 204,4 milhões.
Até junho, a C&A Brasil reduziu seu endividamento para R$286,6 milhões, acompanhada por forte geração de caixa no período. Os investimentos somaram R$112 milhões no trimestre e R$152,4 milhões no primeiro semestre.
foto: divulgação (campanha Dia dos Pais)