C&A reduz prejuízo no 3º trimestre

C&A reduz prejuízo no 3º trimestre

Julho começou com vendas 30% abaixo do ano anterior para apresentar crescimento a partir de setembro, mostra balanço da varejista.

C&A reduz prejuízo no 3º trimestre

Diante da velocidade mais rápida de recuperação das atividades que o inicialmente previsto pelo mercado, a C&A reduz prejuízo no terceiro trimestre. De julho a setembro, o prejuízo líquido da varejista de moda ficou em R$28,2 milhões, contra os R$192 milhões de perdas anotados no segundo trimestre. Os resultados do período não foram uniformes, destacou Paulo Correa, CEO da companhia, em teleconferência com investidores.

Segundo o executivo, as vendas de julho ficaram 31% abaixo que em julho de 2019. Para, em setembro, crescer 3,7% em relação a igual mês do ano passado, enfatizou. “Desde então temos tido semanas de crescimento que mostra retorno à normalidade de crescimento dos negócios”, avaliou. Para ele, caso não ocorra algum evento adverso, são positivas as perspectivas da empresa para o quarto trimestre.

Ele comentou ainda que no início do trimestre a visita do consumidor às lojas era “objetiva, rápida e focada em itens já definidos e, na maior parte das vezes, de categorias de conforto”. Conforme as medidas de isolamento social foram flexibilizadas, com expansão do horário de funcionamento das lojas e provadores sendo reabertos em algumas cidades, o fluxo de clientes aumentou. Entre as mulheres, além de moda de conforto, as consumidoras buscaram vestidos e roupas esportivas.

C&A REDUZ PREJUÍZO E TEM RECEITA AINDA CONTRAÍDA

A C&A reduz prejuízo, mas a receita fica pressionada, ainda associada ao ambiente promocional entre julho e agosto. Além do movimento mais fraco nas lojas em julho. No terceiro trimestre, a receita líquida da C&A alcançou R$1,06 bilhão, 14% menos que o registrado no terceiro trimestre de 2019.

Em nove meses, a receita líquida somou R$2,33 bilhões, 34% abaixo que o obtido entre janeiro e setembro do ano passado.

Os investimentos também foram contidos. Assinalaram R$44,4 milhões no período, 42% a menos que o aplicado no terceiro trimestre de 2019.

De julho a setembro, a C&A inaugurou uma loja ficando com 289 operações. Até a primeira quinzena de novembro, a varejista abriu mais quatro unidades. Outras cinco deverão entrar em operação até o final de dezembro, afirmou a empresa no relatório de resultados do trimestre.

Em outubro, a companhia começou a experimentar novos modelos de venda em canais físicos. Entre os quais a instalação de vending machine para comercialização de básicos, como camisetas. Também testa quiosques e mini stores em locais de grande circulação, como terminais de ônibus e estações de metrô da cidade de São Paulo.