Em três anos, pesquisa da Abit mostra que os brasileiros continuam a preferir comprar roupa em lojas de rua, pagar em dinheiro e olhar moda de televisão.
A moda pode apressar-se para trocar de vitrine, mas, o hábito de consumo do brasileiro em 2014 mudou pouco em relação à pesquisa de três anos atrás realizada pela Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) em parceria com o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior) para conhecer Usos, Hábitos e Costumes do Consumidor Brasileiro de Vestuário. A nova edição da pesquisa mostra que 37,7% das pessoas consultadas compram roupas uma vez por mês e outros 30% que aumentam o guarda-roupa a cada três meses. Os demais 32,3% revezam-se entre os que vão às compras uma vez a cada dois meses (21,5%), ou quinzenalmente (7,8%) ou uma vez por semana (0,7%).
Para adquirir roupas, quase 90% do universo consultado escolhem o varejo especializado, sendo que 57% dão preferência a lojas de ruas e outros 35% que vão a shopping centers. O restante compra em feirinhas de rua, com sacoleiras e pela internet, nessa ordem. Do total, 58% pagam a conta em dinheiro, ante 30% dos que usam cartão de crédito como meio de pagamento, assim como ocorria na pesquisa de 2011.
Também a televisão continua a estabelecer o parâmetro de moda para os brasileiros. Na edição atual da pesquisa, em que foram ouvidas 1,9 mil pessoas de oito capitais, 70% indicam que têm a televisão como referência. Atores são considerados os principais representantes da moda para a maioria (32%), só não é possível detectar se quando trabalham em novelas ou fora das telas. Cantores, apresentadores de programas de TV, modelos e jogadores, nessa ordem, completam o quadro.
Sobre a valorização da produção nacional, 72,4% declaram que não procuram por esse tipo de informação na etiqueta das roupas, assim como 70% informam não se interessar pelos lançamentos realizados em semanas de moda do país, como SPFW ou Rio Fashion Week, as duas citadas na pesquisa. Foram ouvidos consumidores que vivem em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Curitiba, Porto Alegre e Salvador, que ganham entre R$ 510,00 e acima de R$ 10,2 mil por mês.