A holding de marcas continua a acumular perdas até setembro e mantém ajustes como mudança para nova sede e plano de reestruturação de dívida.
No terceiro trimestre, a Inbrands detecta reação das vendas. “Só não estamos com vendas e resultados melhores em função dos gargalos na cadeia de produção”, afirmou Nelson Alavarenga, CEO da companhia, em mensagem aos investidores. Ele prevê
mais “uns seis meses de ajustes nos suprimentos”.Conforme avaliação da companhia no relatório que acompanha as demonstrações financeiras o gargalo de produção está “prejudicando vendas no varejo, faturamento no atacado e margens, visto que na receita do terceiro trimestre, temos ainda participação relevante de estoques de coleções passadas, com descontos”. A Inbrands detecta ainda atrasos na entrega dos pedidos das multimarcas que espera normalizar ao longo do quarto trimestre.
Em tom otimista, a mensagem do CEO afirma que a Inbrands está em fase de concluir seu ciclo de arrumação. Entre os ajustes cita que entre dezembro e janeiro a companhia mudará para novas instalações nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. “Com novas sedes, readequadas e otimizadas, começando assim, um novo ciclo de crescimento”, enfatizou na mensagem.
Alvarenga acrescentou ainda que a companhia discute com os debenturistas um plano de reestruturação para a dívida.
PREJUÍZO DA HOLDING FICA MAIOR
O balanço trimestral mostra que a receita líquida entre julho e agosto assinalou R$69,56 milhões, queda de 50,9% sobre igual período do ano passado.
De janeiro a setembro, a receita líquida totalizou R$178,13 milhões, que corresponde a recuo de 55,7% sobre os nove primeiros meses de 2019.
O prejuízo líquido ficou maior. No terceiro trimestre, registrou perda de R$30,22 milhões, ante lucro líquido de R$2,74 milhões de julho a setembro do ano passado.
No acumulado do ano, o prejuízo líquido foi de R$ 117,62 milhões, pouco mais que o dobro do registrado em igual período de 2019.
A Inbrands controla dez marcas: Ellus, Bobstore, 2nd Floor, Richards, Selaria, Salinas, VRK (kids), VR Collezioni, Mandi e Herchcovitch;Alexandre. Também participa da joint venture Tommy Hilfiger Brasil; e da Luminosidade, empresa organizadora da SPFW.
