Embora tenha reduzido o valor das perdas no último trimestre, a holding que administra nove marcas, incluindo Ellus e Richards, não conseguiu reverter o desempenho negativo que se acumulou ao longo do ano.
Do lucro de 2015, a Inbrands passou para o prejuízo em 2016. A holding que administra nove grandes marcas de moda operou no vermelho o ano inteiro, tendo reduzido o valor das perdas no último trimestre do ano. O prejuízo líquido somou R$ 96,63 milhões em 2016, dos quais R$ 852 mil de outubro a dezembro. A receita líquida anual ultrapassou pela primeira vez em quatro anos a marca de R$ 1 bilhão: alcançou R$ 1,05 bilhão. O quarto trimestre contribuiu com R$ 214,77 milhões, praticamente o mesmo valor faturado no terceiro trimestre, e correspondendo a declínio de 13,2% em comparação à receita líquida dos últimos três meses de 2015.
“A companhia tem feito diversos esforços para adequar suas despesas ao patamar de receitas no cenário de crise com menor demanda, por conta disto conseguiu reduzir nominalmente suas despesas em um cenário com forte pressão inflacionária principalmente nas linhas de salários e aluguéis que são custos representativos em nossa operação. As medidas de redução de despesas tomadas no último trimestre continuarão surtindo efeito ao longo de 2017 pois foram feitas de forma estrutural”, afirma o relatório de resultados endereçado aos acionistas.
A empresa atribui a melhoria na contenção das perdas anotadas no quarto trimestre à nova gestão, liderada por Nelson Alvarenga Filho desde novembro passado, quando passou a exercer a função de diretor presidente da Inbrands, holding que tem em seu portfólio as marcas Ellus, VR, Richards, Salinas, Mandi, Alexandre Herchcovitch, Bobstore e a holandesa Gstar, além da empresa de conteúdo de moda responsável pela organização da SPFW. Também controla 50% da joint venture Tommy Hilfiger do Brasil.
A principal operação da companhia é o varejo, mantendo rede com lojas próprias e franquias. No relatório mais recente, a Inbrands não informa o tamanho dessa rede. Em setembro, eram 367 pontos, oito a menos do que tinha ao final de 2015.