Holding que controla marcas como Ellus e Richards fecha o primeiro trimestre com perdas e queda de receita líquida
O primeiro trimestre de 2018 continuou difícil para a Inbrands, a holding dona das marcas Ellus, VR, Richards, Salinas, Mandi, Alexandre Herchcovitch e Bobstore, além de deter 50% da Tommy Hilfiger Brasil, representar no país a holandesa Gstar e negociar venda de capital da Luminosidade, empresa responsável pela realização da SPFW (São Paulo Fashion Week). A companhia registrou prejuízo líquido no período de R$ 16,81 milhões, ligeiramente acima da perda de R$ 16,08 milhões no primeiro trimestre de 2017, mostra o balanço financeiro apresentado ao mercado.
A receita líquida caiu 16,7% sobre o mesmo trimestre do ano passado. Recuou para R$ 157,9 milhões. Segundo o relatório para os investidores, a estratégia do primeiro trimestre no varejo foi manter as ações de “resgate de valor de nossas marcas e optamos por melhorar as margens em detrimento de uma recuperação de receitas mais rápida”. No atacado, a empresa optou por adotar critérios mais conservadores na concessão de crédito, tanto para multimarcas quanto para franqueados de suas marcas. Dessa forma, diz o comunicado, a carteira de clientes ficou mais seletiva, visando relacionamentos de mais longo prazo.
LUMINOSIDADE NEGOCIADA
O balanço de janeiro a março não reflete o acordo firmado em abril, e que veio a público em maio, com a IMM Participações. Por essa negociação, a Luminosidade, subsidiária da Inbrands, e a IMM “estabelecerão a formação de uma nova sociedade para desenvolvimento conjunto de eventos relacionados à indústria da moda, incluindo, mas não se limitando ao SPFW”. O comunicado não informa os termos dessa transação envolvendo valores ou o porte da participação acionária de cada sócio.
Desde o último trimestre de 2016, a Inbrands deixou de declarar no relatório que acompanha o balanço financeiro o tamanho de sua rede de lojas no varejo. A empresa não informa o número total, tampouco a quantidade de unidades por marca.