Controladora da Le Lis e Dudalina cresce em receita, com aceleração das vendas digitais e impulso de Le Lis, John John e Individual.

Após um 1º trimestre pressionado, a Veste S.A. mostrou sinais de recuperação no 2º trimestre de 2025. A companhia, dona de marcas como Le Lis, Dudalina e John John, obteve lucro líquido de R$17 milhões entre abril e junho, alta de 59,2% sobre igual trimestre de 2024. Para a Veste, os resultados do 2º trimestre de 2025 tiveram impulso devido a ganhos de eficiência, ajuste no mix de produtos e maior controle sobre estoques.
Entre os destaques do período, o relatório de resultados destaca, ainda, a aceleração das vendas digitais, que respondem agora por 18,5% do faturamento bruto, e o avanço da operação de varejo, com crescimento nas vendas a preços cheios.
A receita líquida também avançou no período, somando R$322,7 milhões, alta de 10% em relação ao segundo trimestre de 2024.
No acumulado do 1º semestre, a receita líquida somou R$591,3 milhões, aumento de 8,6%, na comparação com igual período de 2024.
No entanto, em função do desempenho mais fraco do 1º trimestre, o lucro líquido ficou em R$6,5 milhões, com queda de 41,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Somente no segundo trimestre, os investimentos da companhia totalizaram R$30,5 milhões, chegando a R$65,7 milhões no semestre.
MARCAS
Entre as marcas do portfólio da Veste, todas tiveram resultados positivos no acumulado do 1º semestre. O relatório aponta duas exceções no período. A queda de faturamento (-2,1%) da Dudalina entre abril e junho; e a baixa do outlet Estoque no semestre (-2,5%).
A Le Lis manteve a liderança em volume de vendas. Contribuiu com R$212,8 milhões de faturamento bruto no 2º trimestre, crescimento de 9,4%. No semestre, as vendas brutas atingiram R$374,5 milhões, avanço de 8,2%.
Após a reestruturação da marca concluída, que incluiu maior controle de produção via fábrica própria, a John John voltou a crescer. Assinalou alta de 3,6% no trimestre, com R$46,6 milhões em vendas brutas. Dessa forma, concluiu o 1º semestre do ano com leve alta de 0,8%, levando o faturamento bruto para R$87,1 milhões.
Conforme o relatório, a Dudalina enfrentou retração de 2,1%, faturando R$59,8 milhões, no trimestre. Contudo a marca fecha o semestre com faturamento bruto em alta de 2,5%, com R$117,5 milhões.
Com fornecimento normalizado, a Bo.Bô teve alta de 8,8% no trimestre, anotando faturamento bruto de R$35,3 milhões. No semestre, as vendas subiram 4,4% para R$66 milhões.
Também a Individual, marca vendida exclusivamente por multimarcas, mostrou recuperação. Cresceu 35,9% no trimestre, atingindo R$16,5 milhões, e 15,8% no semestre, alcançando R$32,9 milhões.
O faturamento bruto do outlet Estoque foi de R$27,8 milhões no trimestre, alta de 2,7%, e de R$45,7 milhões no semestre, baixa de 2,4%.
Do faturamento bruto, o varejo segue como principal motor da companhia, representando 77,8% do total de R$723,8 milhões. O canal digital de varejo teve papel relevante no trimestre, contribuindo com R$136 milhões.
VAREJO FÍSICO
A Veste encerrou o semestre com 186 lojas, duas a mais que no mesmo período de 2024. Do total, 172 são lojas próprias mais 14 franquias da Dudalina.
No período, a Le Lis inaugurou loja, somando 73 pontos de varejo; e a Estoque abriu mais 3, ficando com 12 unidades.
Já a John John registra 5 operações a menos, atuando ao final de junho com 33 lojas.
Os ajustes na rede da Dudalina passaram pelo fechamento de uma unidade, de modo a passar então a atuar com 38 lojas. Mais as 14 franquias, a marca chegou a 52 lojas em operação no final de junho.
A Bo.Bô manteve as 16 lojas que tem desde o segundo semestre do ano passado.
MUDANÇA DE CONTROLE
Ao apresentar os resultados do 2º trimestre de 2025, a Veste comentou com investidores que nada mudou desde que o BTG Pactual manifestou interesse em eventual aumento de participação até o controle acionário. Disse que por enquanto se trata de uma intenção de compra que depende de outras avaliações. “Reforço que temos um plano muito claro de crescimento para a Veste. Então vamos continuar seguindo nossa vida adiante”, concluiu o CEO da companhia Alexandre Afrange na teleconferência de resultados.
foto: divulgação