Ao divulgar os resultados do segundo trimestre, a varejista já sinalizava que o canal passaria por mudanças.
Com o aumento do prejuízo no segundo trimestre que elevou as perdas para R$ 25,5 milhões, nos seis primeiros meses do ano, a Marisa já sinalizava em seu relatório que o modelo de vendas por catálogo teria que passar por ajustes porque os gastos e investimentos exigidos para consolidação do canal estavam prejudicando o resultado consolidado, assim como o e-commerce. Essa semana, a empresa foi mais radical e decidiu encerrar a operação.
“Esta medida visa concentrar os esforços da Companhia em seus negócios mais maduros e reduzir as iniciativas que requerem empenho e esforços adicionais diante do aumento do nível de incerteza e da deterioração do cenário econômico atual”, afirmou em comunicado ao mercado. A venda por catálogo foi lançada em dezembro de 2012 e chegou a recrutar um grupo de 700 pessoas. Já no fim do primeiro semestre, em conferência com analistas, a empresa reconhecia que precisava mudar a política em função da complexidade e do custo da logística exigidos por esse tipo de operação, do envio do catálogo à entrega da mercadoria, assim com das referências de preços.
A avaliação da Marisa era de que frente ao difícil cenário econômico atual, o retorno do projeto ficaria “por demasiado longo”. E que a prioridade é ampliar a capacidade de geração de caixa.