Com estoque ainda baixo, varejista vendeu menos no semestre, mas busca reconquistar fornecedores.
Os resultados do primeiro semestre da Marisa ainda refletem as dificuldades enfrentadas pela varejista de moda. Mas a companhia afirma que as mudanças implementadas com a entrada do novo CEO em março, Edson Garcia, também começam a aparecer. Ao longo do segundo trimestre, a empresa colocou em prática o que chama de “ajuste de rota” de volta à classe C, seu público-alvo. Também houve esforço em reconquistar a confiança dos fornecedores, quitando dívidas. Ainda assim, a Marisa reporta aumento de prejuízo líquido de R$102 milhões, no 2º trimestre, e de R$250 milhões no semestre.
No relatório de resultados financeiros, a Marisa explica que no 2º trimestre ainda enfrentou problemas com o baixo nível dos estoques, que ficou quase 30% abaixo de igual período do ano passado. A situação levou à queda nas vendas. Desse modo, quando comparada ao mesmo trimestre de 2023, a receita líquida caiu 34% de abril a junho, para R$320,5 milhões.
Assim, o desempenho do primeiro semestre acumula baixa de 41,3% sobre 2023, registrando receita líquida de R$573,2 milhões.
Em termos de coleção, a Marisa reporta que houve melhoria no planejamento de coleções de modo a ser aderente ao público a que se destina. De abril até junho, as 235 lojas tiveram o layout ajustado para um cenário mais promocional. Também houve ajuste na pirâmide de preços. Com isso, o ticket médio caiu 11,8%. Passou de R$153, no 2º trimestre de 2023, para R$135, no 2º trimestre de 2024.
PIX PARCELADO
Entre os planos mencionados para o segundo semestre consta o lançamento da modalidade de pagamento por Pix parcelado. A varejista também reporta que planeja retomar o marketplace uma vez que alcançou o breakeven na venda através canais digitais.
Para reestruturação do capital, em julho, a família controladora promoveu aumento de capital privado de R$622,8 milhões. Dessa maneira, a dívida líquida caiu para R$41,1 milhões.
A reorganização de cargos continuou pelo 2º trimestre com a contratação de Adilvo Souza Jr como CFO. Ele substitui Roberta Ribeiro Leal que passa a liderar o encerramento das operações da MPagamentos e do MBank.
O relatório aponta crescimento importante de vendas a partir de julho, de quase40%, como reflexo das ações tomadas até aqui.
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