Marisa reporta aumento do prejuízo líquido

Marisa reporta aumento do prejuízo líquido no 1º semestre de 2024

Com estoque ainda baixo, varejista vendeu menos no semestre, mas busca reconquistar fornecedores.

Marisa reporta aumento do prejuízo líquido no 1º semestre de 2024

Os resultados do primeiro semestre da Marisa ainda refletem as dificuldades enfrentadas pela varejista de moda. Mas a companhia afirma que as mudanças implementadas com a entrada do novo CEO em março, Edson Garcia, também começam a aparecer. Ao longo do segundo trimestre, a empresa colocou em prática o que chama de “ajuste de rota” de volta à classe C, seu público-alvo. Também houve esforço em reconquistar a confiança dos fornecedores, quitando dívidas. Ainda assim, a Marisa reporta aumento de prejuízo líquido de R$102 milhões, no 2º trimestre, e de R$250 milhões no semestre.

No relatório de resultados financeiros, a Marisa explica que no 2º trimestre ainda enfrentou problemas com o baixo nível dos estoques, que ficou quase 30% abaixo de igual período do ano passado. A situação levou à queda nas vendas. Desse modo, quando comparada ao mesmo trimestre de 2023, a receita líquida caiu 34% de abril a junho, para R$320,5 milhões.

Assim, o desempenho do primeiro semestre acumula baixa de 41,3% sobre 2023, registrando receita líquida de R$573,2 milhões.

Em termos de coleção, a Marisa reporta que houve melhoria no planejamento de coleções de modo a ser aderente ao público a que se destina. De abril até junho, as 235 lojas tiveram o layout ajustado para um cenário mais promocional. Também houve ajuste na pirâmide de preços. Com isso, o ticket médio caiu 11,8%. Passou de R$153, no 2º trimestre de 2023, para R$135, no 2º trimestre de 2024.

PIX PARCELADO

Entre os planos mencionados para o segundo semestre consta o lançamento da modalidade de pagamento por Pix parcelado. A varejista também reporta que planeja retomar o marketplace uma vez que alcançou o breakeven na venda através canais digitais.

Para reestruturação do capital, em julho, a família controladora promoveu aumento de capital privado de R$622,8 milhões. Dessa maneira, a dívida líquida caiu para R$41,1 milhões.

A reorganização de cargos continuou pelo 2º trimestre com a contratação de Adilvo Souza Jr como CFO. Ele substitui Roberta Ribeiro Leal que passa a liderar o encerramento das operações da MPagamentos e do MBank.

O relatório aponta crescimento importante de vendas a partir de julho, de quase40%, como reflexo das ações tomadas até aqui.

foto: divulgação