No setor com forte presença digital entre as maiores do varejo nacional, a Shein lidera com R$15 bilhões em GMV

O setor de moda avança ocupando posição entre os top 10 dos marketplaces do Brasil. Conforme o ranking elaborado pelo IRTT (Instituto Retail Think Tank), que trata dos 300 maiores varejistas brasileiros, a plataforma asiática Shein é o maior marketplace de moda no país, apesar de ter ficado de fora das 37 maiores do setor. Com GMV (Gross Merchandise Volume) de R$15 bilhões, a Shein ocupa o 6º lugar no ranking geral dos maiores marketplaces do país.
A segunda em moda é a Dafiti, com GMV de R$4,4 bilhões, sendo a 9ª no ranking dos top 10 dos marketplaces, entre todos setores. O indicador GMV mostra o volume total de negócios gerado pela plataforma, não representando necessariamente a receita da empresa.
No cenário geral, o maior marketplace a atuar no Brasil é disparado o Mercado Livre, com GMV de R$138,9 bilhões em 2024, valor três vezes superior ao do Magazine Luiza, o segundo colocado com R$46,1 bilhões.
Relatório do IRTT explica que marketplaces são shoppings virtuais que reúnem milhares de sellers e que evoluíram, ao longo do tempo, para se converterem em plataformas de relacionamento com clientes a partir de dados. Faz também uma divisão de marketplaces out (vendem marcas de terceiros) e marketplace in, quando a empresa desenvolve uma plataforma própria.
VENDAS VIRTUAIS
Entre as 37 maiores empresas da categoria de Moda, Calçados e Artigos esportivos listadas pelo levantamento do IRTT, quatro operaram com marketplaces próprio e de terceiros, em 2024. É o caso da líder do setor Lojas Renner, assim como o Grupo SBF, dono da rede Centauro e licenciado da Nike; a Marisa; e a Aramis. Não inclui a decisão da Azzas 2154 que a partir de agosto de 2025 passou a operar com marketplace out, além do in, ao firmar acordo com a Dafiti para venda de calçados, bolsas e acessórios da marca Arezzo.
Outras 8 grandes de moda operaram apenas com marketplace próprio em 2024, com estrutura de um shopping virtual em que também vendem marcas de terceiros. Nesse grupo estão C&A, Riachuelo, Azzas 2154, Dafiti, Privália, World Tennis, Grupo Afeet e Oscar Calçados.
Só atuaram com marketplace de terceiros em 2024, a Pernambucanas, a Vulcabrás, a Track & Field, a Lupo, a Caedu, a Alpargatas, a Usaflex, a Di Santinni e a Grendene.
As demais mantêm canal de ecommerce próprio, mas sem a estrutura de um shopping virtual.
LÍDERES DO VAREJO DIGITAL
A pesquisa revela que, entre as 37 maiores empresas do varejo de moda analisadas, apenas duas ainda não implantaram operação de e-commerce de qualquer natureza – Lojas Besni e Lojas Avenida.
Conforme a análise do IRTT, o ranking do varejo digital é diferente do ranking setorial. Estabelecida como a 4ª maior empresa entre as 37 de Moda, Calçados e Artigos Esportivos, com vendas brutas de R$7,9 bilhões, o Grupo SBF obteve a maior receita com vendas digitais da categoria. Do total, em 2024, R$3 bilhões correspondem a vendas realizadas pelo canal digital.
A holding Azzas 2154 obteve a segunda maior receita da categoria com varejo digital, registrando R$2,8 bilhões, do total de R$7,1 bilhões em vendas brutas de 2024.
Em terceiro lugar, está a líder do ranking geral, a Lojas Renner. De R$18,4 bilhões em vendas no ano passado, o varejo digital rendeu R$2,2 bilhões, incluindo receita com atendimento cross border (quando a empresa vende pela web para outros países).
A seguir, confira o ranking do top 10 dos marketplaces em geral do Brasil e ranking do top 10 do varejo digital.