Crescimento teve impulso pela venda de vestuário, que cresceu 10,6% em relação a 2022.
Sem alterar a estratégia adotada desde o início do segundo semestre, de segurar investimentos e intensificar o rigor na gestão de caixa, a C&A Brasil aumenta a receita líquida em 8,7% em 2023 na comparação com 2022. A receita da varejista atinge R$6,7 bilhões em 2023, a mais alta desde 2018. Conforme a empresa relatou aos investidores, o crescimento teve impulso com a venda de vestuário que subiu 10,6% de um ano para o outro, alcançando R$5,5 bilhões.
No mesmo confronto, a venda de fashiontronics, que inclui celulares e produtos de beleza, recuou no período 11,1%, anotando R$785,1 milhões.
Parte significativa dos bons resultados da C&A em 2023 está associada ao desempenho da companhia no quarto trimestre. A receita líquida da C&A de outubro a dezembro aumenta 17,7%, para R$2,2 bilhões, dos quais R$1,9 bilhão correspondem à venda de vestuário.
Foi no quarto trimestre que a varejista reverteu o prejuízo líquido acumulado no primeiro semestre, registrando ganho líquido de R$168,7 milhões. Desse modo, encerrou 2023, com lucro líquido de R$2,3 milhões.
De acordo com a empresa, em teleconferência com o mercado, o crescimento está associado a forte aumento no volume de vendas. E não a aumento de preços ou remarcações.
Como já anunciara, a C&A continuou a segurar os investimentos, com corte de quase 50% sobre os recursos aplicados em 2022. No ano, o desembolso soma R$215,3 milhões, 42,3% a menos que em 2022.
PERSPECTIVA
Com olhar positivo para 2024, a varejista de moda indicou que a prioridade será o aumento de vendas por metro quadrado. Encerrou dezembro com 334 lojas físicas, duas a mais do que tinha em 2022.
A receita líquida obtida com os canais digitais contribuiu com cerca de R$1 bilhão.
As vendas de janeiro e fevereiro ficaram acima do planejado, mas a C&A destaca que, para o varejo de moda, março tem um peso grande nos resultados do primeiro trimestre. É um mês de transição de coleção e clima.
