Balanço mostra que varejista de moda consegue reduzir perda entre julho e setembro.
Com as vendas de vestuário, que tiveram alta de 12,6% no terceiro trimestre de 2023, a receita líquida da C&A cresce 9,6% no período. A varejista de moda atribui o bom desempenho à recepção positiva pelo consumidor da coleção de primavera-verão. Também à capacidade da empresa de reagir rapidamente e escalar a produção dos produtos mais bem aceitos dentro da própria temporada mediante o uso de ferramentas digitais de análise inteligente.
De acordo com o relatório de resultados do terceiro trimestre, o crescimento das vendas de vestuário está associado sobretudo às coleções femininas. Menciona ainda o crescimento das vendas em lojas localizadas em regiões que concentram consumidores das classes A e B. Para esses pontos, a empresa lançou coleções cápsula exclusivas e ampliou o sortimento das categorias.
A receita líquida da C&A cresce para atingir R$1,5 bilhão no terceiro trimestre, dos quais R$1,2 bilhão correspondem a venda de vestuário.
Em nove meses, na comparação com igual período de 2022, a receita líquida da varejista sobe 4,5% para R$4,4 bilhões.
Ainda que as vendas ajudaram a reduzir as perdas, a C&A registra prejuízo líquido de R$44,2 milhões no terceiro trimestre, R$20 milhões a menos que em 2022.
No acumulado do ano, o prejuízo líquido totaliza R$166,3 milhões, 42% menor que nos mesmos nove meses de 2022.
A dívida da companhia cai praticamente pela metade para contabilizar R$601 milhões em setembro.
MENOS INVESTIMENTOS
Conforme já anunciara, a empresa cortou pela metade investimentos para preservar caixa. Entre julho e setembro inaugura apenas mais uma loja, ficando com 334 pontos físicos. O desembolso no trimestre soma R$46,8 milhões, atingindo R$152 milhões em nove meses.
A investidores em teleconferência de resultados, a C&A afirma que está confiante com o quarto trimestre que “começou bem”. Tem expectativa de dezembro cumprir o papel tradicional para o varejo de ser “um mês que vale por dois”. Para 2024, espera aumento de volume e do preço médio das peças.
foto: campanha com top models de 1990 e 2000 (divulgação)