Mas as vendas reagiram e a varejista encerrou o trimestre com receita em alta, como parte das mudanças iniciadas a partir de maio.
Ainda como reflexo dos problemas de abastecimento enfrentados no final de 2018 e início de 2019, o lucro líquido da Riachuelo no terceiro trimestre ficou 18,5% menor que o apurado em igual período do ano passado. Registrou ganho de R$ 67,9 milhões de julho a setembro. No acumulado do ano, o lucro somou R$ 152,1 milhões, queda de 32% sobre os primeiros nove meses de 2018, mostra o balanço financeiro da companhia.
Além do ambiente promocional para liberar estoques elevados, a empresa registra que a margem também foi afetada pelo fator cambial envolvendo produtos importados e pela maior participação de celular e perfumaria no mix das lojas. A partir de maio, a varejista mudou de o modelo, passando a ampliar os envios iniciais das coleções para as lojas. Buscou também equilíbrio entre itens mais básicos e os outros com maior componente de moda no mix. A estratégia funcionou.
A receita líquida no terceiro trimestre aumentou 9,2%, subindo para R$ 1,88 bilhão, em relação ao terceiro trimestre de 2018. No acumulado do ano, o crescimento foi um pouco menor em comparação com o exercício passado. Caiu 7,3% para R$ 5,36 bilhões. O ticket médio foi de R$ 130.
A produção da Guararapes pouco variou no confronto com igual trimestre do ano passado, permanecendo em 12,9 milhões de peças. No acumulado até setembro, o volume produzido atingiu 32,4 milhões peças, que representam recuo de 1,6% quando comparado com os nove primeiros meses de 2018.
A expansão da rede física foi contida. A varejista fechou setembro com 318 lojas, das quais três abertas no terceiro trimestre, como a Riachuelo Experience, no MorumbiShopping. O investimento no trimestre alcançou R$ 230 milhões, a maior parte aplicada na Riachuelo.