Forte alta de receita e lucro impulsionam planos de expansão e otimismo da varejista de moda para o 2º semestre.

A Riachuelo registrou em 2025 seu primeiro lucro líquido no 1º semestre desde 2020. De janeiro a junho de 2025, a companhia apurou lucro líquido de R$116,5 milhões, contra o prejuízo semestral acumulado de R$59,97 milhões em 2024. No segundo trimestre, a evolução foi forte, ajudando no resultado do semestre da Riachuelo, que teve lucro líquido de R$143,7 milhões, impulsionado pela alta de receita e controle de despesas.
Com os resultados positivos e ganho de eficiência operacional, o CEO da Riachuelo, André Farber, sinalizou otimismo para o segundo semestre de 2025, em teleconferência de resultados com investidores. Admite continuidade no plano de expansão e aposta na sazonalidade favorável do final do ano.
A receita líquida consolidada no 2º trimestre foi de R$2,63 bilhões, representando crescimento de 13,9% em relação a igual trimestre do ano passado. No acumulado de seis meses, o avanço foi de 12,4%, totalizando R$4,84 bilhões.
Principal frente de atuação da companhia, a categoria de vestuário apurou receita líquida de R$1,96 bilhão no trimestre, aumento de 14,2%. Com isso, a receita líquida do semestre avançou 13,1% para alcançar R$3,52 bilhões. Conforme a empresa, o desempenho foi puxado por estratégias que renderam maior volume de produtos vendidos, ainda que o preço médio tenha ficado estável.
COMPOSIÇÃO
É da rede Riachuelo a maior contribuição para o faturamento do grupo Guararapes. Somou receita líquida de R$1,86 bilhão no trimestre, com alta de 13,6%, e de R$3,33 bilhões no semestre, crescendo 12,9%.
Já a Casa Riachuelo teve receita líquida de R$29,6 milhões no trimestre, avançando 10%, e de R$ 58,1 milhões no semestre, aumento de 6,2%.
Focada em moda infantil, a operação da Carter’s teve crescimento expressivo de 30,5% no segundo trimestre, com R$75,4 milhões em receita. No semestre, o avanço foi um pouco menor, de 21,4%, somando R$134,2 milhões.
EXPANSÃO CONTROLADA
Ao fim de junho, a varejista somava 436 lojas no Brasil, sendo 335 da Riachuelo; 81 da Carter’s; 11 da Casa Riachuelo; e 9 da Fanlab. No 2º trimestre, a companhia inaugurou seis unidades, incluindo uma da Riachuelo, uma da Casa Riachuelo, três da Carter’s e uma da Fanlab.
Os investimentos no trimestre somaram R$119 milhões, totalizando R$ 253 milhões no semestre. O endividamento da companhia caiu para R$ 773 milhões em junho.
Na teleconferência, Farber voltou a frisar que a Guararapes Confecções, braço industrial do grupo, segue sendo a maior fábrica de vestuário da América Latina, um diferencial na verticalização da operação em relação aos concorrentes. O balanço financeiro atual não informa, contudo, o volume produzido internamente. Em 2024, foram 41 milhões de peças produzidos pela Guararapes.
foto: divulgação (campanha Dia dos Pais com o cantor Marcelo D2)