Entusiasmado com o desempenho do primeiro trimestre, grupo projeta abertura de mais 30 lojas em 2012, entre as quais três no novo formato
Ao apresentar o balanço de 2011 ao mercado, o grupo Guararapes anunciou a adesão a um novo formato de loja: a Riachuelo Mulher. No encontro com investidores, os executivos da empresa evitaram dar mais detalhes sobre o projeto. Afirmaram apenas que serão abertas três lojas dedicadas ao público feminino no segundo semestre.
De acordo com Flávio Rocha, CEO da companhia, essas lojas ocuparão de 500 a 800 metros quadrados, sendo avaliadas como uma alternativa à falta de espaço disponível para instalar lojas tradicionais em shopping centers maduros localizados em grandes centros urbanos. Como efeito de comparação, ele diz que uma unidade de modelo tradicional da Riachuelo exige área média de 2,5 mil metros quadrados.
A Riachuelo Mulher é a opção natural para o início desse projeto, pois, a área destinada ao público feminino é a maior, em espaço e volume de vendas nas lojas da rede tradicional. “Nessa avaliação para encontrar alternativas à falta de espaço, também estudamos a abertura de lojas jovens sob a bandeira Pool”, afirmou Rocha.
Expansão em curso
Embora os resultados do quarto trimestre do ano tenham deixado a desejar, como de resto ocorreu com praticamente todas as cadeias de varejo de vestuário, a Riachuelo vai manter o ritmo de expansão. Em 2011, foram 22 lojas abertas (14 delas entre novembro e dezembro) e mais 18 reformadas. A rede encerrou o ano com 145 unidades em operação. Para este ano, o planejamento prevê outras 30 lojas. Em 2009, eram 107 unidades, depois da inauguração de cinco delas ao longo do ano.
A receita líquida do grupo, que inclui a confecção Guararapes, atingiu R$ 3,04 bilhões, que representou aumento de 16,8%. Mesmo em alta, a taxa de expansão do lucro líquido foi de 7,75%, atingindo R$ 363,9 milhões. Rocha atribui os resultados à estratégia posta em prática nos últimos sete anos, que envolveu a mudança no modelo de logística de abastecimento da rede e alteração no perfil de produção da Guararapes.
A reposição do estoque passa a ser diária e as lojas foram remodeladas para dar visibilidade a todo o mix de produtos. Houve investimento no desenvolvimento de produtos de maior valor agregado e voltados a um tipo de consumidor mais antenado com as direções de moda.
Como a partir de 2011, a linha industrial da Guararapes está dedicada exclusivamente a atender às demandas da Riachuelo, de confecção de grande volume de produtos básicos, a confecção foi adequada para produzir itens mais complexos em lotes menores. A expansão será marcada ainda pela ampliação do centro de distribuição de Guarulhos, na Grande São Paulo, com obras em 2012. “Estamos em prospecção para a instalação de um CD no centro-oeste”, revelou Rocha.
Atualmente, são três armazéns que abastecem as lojas da rede. Além de São Paulo, o grupo mantém um CD em Natal (RN) e outro em Manaus (AM).
fotos: divulgação