Apesar de pequeno, o ganho no trimestre é visto pela varejista como sinal de retomada que prevê se manterá no quarto trimestre.

No terceiro trimestre de 2020, a Riachuelo volta a ter lucro líquido. O ganho ainda é pequeno.
Anotou R$6,38 milhões. Mas animou a varejista, junto com outros indicadores. Em teleconferência com analistas de mercado, o CEO da companhia, Oswaldo Nunes, afirmou “passado o período mais agudo da crise, a gente tem vivido uma retomada gradual e consistente das vendas comparadas, das margens e do giro. A gente acredita que se manterá ao longo de todo o quarto trimestre”. Ele acrescentou que, em outubro, a varejista retomou ao patamar de 2019.No acumulado do ano, até setembro, porém, a operação registrou prejuízo líquido de R$32,62 milhões.
A receita líquida no trimestre caiu 19,2% quando comparada ao terceiro trimestre de 2019. Recuou para R$1,52 bilhão. Em nove meses, a queda de receita foi de 24,9%. De janeiro a setembro, registrou receita de R$4,03 bilhões.
Com as 325 lojas funcionando, no entanto, a participação relativa do comércio eletrônico diminuiu. Sustentou 12,3% da receita total do terceiro trimestre, informa a empresa no balanço financeiro. Segundo disse Tulio Queiroz, CFO da companhia, a investidores, essa participação no terceiro trimestre de 2019 era pouco mais de 2%.
PRODUÇÃO PRÓPRIA FAZ DIFERENÇA
Conforme o executivo, a Riachuelo volta a ter ganhos em parte pelo fato de ter produção própria. No momento de retomada, quando alguns concorrentes enfrentaram interrupções na cadeia de fornecimento, a empresa teve seu abastecimento garantido, afirmou. “A Guararapes está a todo vapor. Fez um trabalho decisivo na estrutura de custos que ajudou na retomada de margem bruta”, explicou. No terceiro trimestre, a Guararapes produziu 11,3 milhões de peças.
É menos do que a produção do terceiro trimestre de 2019, quando a confecção registrou 12,9 milhões de peças. Mas é maior que o volume do segundo trimestres, que ficou em 11 milhões de peças.
Quanto a projetos, Nunes informou aos investidores que a varejista deu início ao um piloto a fim de selecionar a tecnologia que usará para seu sistema de RFID. A intenção é escalar a aplicação ainda no primeiro trimestre de 2021.