As 220 lojas têm até meados de maio para desocupar os pontos de venda que mantinham no centro comercial fundado em 1995.
No início da semana, o PolloShop anunciou que encerrou as atividades comerciais. As 220 lojas em operação têm até meados de maio para desocupar os pontos de venda e decidir o futuro. Em comunicado ao mercado, os administradores do centro comercial informam que firmaram acordo com outros quatro empreendimentos da cidade. Dessa forma, os lojistas que quiserem continuar a operar poderiam abrir lojas nesses shopping center que oferecem carência temporária de aluguel.
De acordo com o PolloShop, o acordo envolve dois empreendimentos tradicionais, o Jockey Plaza Shopping e o Shopping Jardim das Américas. Os outros dois são shoppings de desconto – o Ventura e o Cidade Curitiba.
Os efeitos do surto da covid-19 foi o ápice de uma crise que o empreendimento enfrenta desde 2014, explica o comunicado. Para conter a velocidade de disseminação da doença, foi determinado o fechamento dos shoppings e a suspensão dos pagamentos por parte dos lojistas. “A administração do empreendimento ficou impossibilitada de arcar com o alto valor do aluguel do imóvel”, resume a nota.
NOVA TENTATIVA DE REDUZIR O ALUGUEL
O PolloShop funciona em imóvel alugado pelos administradores. Há três anos, moveram ação para rever os valores do aluguel para baixo, mas o processo continua a correr na Justiça, sem conclusão de sentença. O comunicado afirma que inicialmente foi feita uma solicitação amigável, quando da renovação do contrato. Medida que não foi aceita pelos proprietários do imóvel onde funciona o PolloShop.
Com a crise, ainda segundo a administração, foi encaminhado novo pedido para redução do valor do aluguel do imóvel. “Ou a opção para os proprietários do imóvel assumirem a operação do shopping para preservar o interesse dos lojistas, mesmo com prejuízo dos sócios do empreendimento, mas não houve acordo”, diz a nota.
Como fatores que levaram à decisão de fechar as portas, a empresa ainda cita a fraca economia brasileira e a redução de fluxo de clientes nos shopping centers em geral, mais ainda nos menores.